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Fumante é alvo principal de conscientização ambiental nas praias

Tamoios News

Mensagens de conscientização ambiental continuam ocupando espaços nas praias do Litoral Norte. Faixas e placas ainda recomendam que o lixo não seja jogado na areia e no mar. No passado, algumas placas ganharam destaque por proibirem fumar maconha e até fazer xixi e cocô na praia. Neste verão, o público alvo é o fumante

Por Salim Burihan

As praias do Litoral Norte recebem cada vez mais placas orientando seus  frequentadores sobre a importância da preservação ambiental.

Placa e área interditada para preservação do jundu

Essa “comunicação visual”, feita por associações de praias, organizações ambientais e prefeituras, tem como objetivo preservar as praias, o mar, plantas nativas, áreas de mangue e aves que habitam o litoral.

Desde a temporada passada, cresce o combate a poluição provocada pelo lixo no mar as  “bitucas” de cigarros deixadas nas areias pelos fumantes.

No começo da década de 70 as placas mais comuns nas praias eram “É proibida a entrada”, instalada em áreas adquiridas por empresas imobiliárias para proibir o acesso de banhistas em locais onde seriam construídos condomínios particulares.

Logo em seguida, surgiram as sinalizações de “É proibido Estacionar”; logo depois, as que proibiam a presença de animais nas praias.

Nas décadas de 80 e 90 surgiram as campanhas e mensagens conscientizando os banhistas a não deixarem o lixo na areia. Até sacolinhas foram distribuídas nas praias.

As praias também ganharam placas proibindo fazer churrasco na areia, impedindo acampar e até de som alto a beira mar.

Maconha

No início dos anos 2000 surgiria a primeira placa polêmica no Litoral Norte. Em 2005, a Sociedade Amigos da Praia da Almada, em Ubatuba, inovou ao colocar um painel recomendando aos frequentadores que não fumassem maconha na praia.

Placa na Almada proibia fumar maconha na praia em 2005

Dez anos depois, Em 2016, outra placa instalada em uma praia da costa sul de São Sebastião chamou muita a atenção por proibir xixi e cocô na areia.

A Sabaleia(Sociedade Amigos da Praia da Baleia), que cuida de uma das praias mais valorizadas da costa sul sebastianense, foi que inovou instalando a placa que proibia seus frequentadores de fazer necessidades na praia.

Foto:Reprodução Folha

Fumante

Nos últimos anos, as placas se diversificaram, mantendo uma “pegada” mais ambiental, com mensagens conscientizando os frequentadores a preservarem a flora nativa, principalmente, o jundu; as áreas onde vivem coruja e quero-quero, e, manguezais.

No ano passado, o foco principal nas praias da região foi o combate ao lixo no mar. As campanhas destinada aos fumantes tiveram início no verão de 2018, em praias da costa sul sebastianense, entre elas, Baleia, Camburi e Camburizinho. Neste verão, este tipo de conscientização ambiental se espalhou pela maioria das praias do litoral.

Placas  recomendam que “bitucas” sejam evitadas na areia. Algumas praias possuem cinzeiros improvisados para que o fumante não apague ou deixe a bituca na areia. Uma placa instalada na Praia do Capricórnio, em Caraguá, resume tudo: “Areia não é cinzeiro”.