Contornos: Obras estão lentas, segundo a Dersa

As obras dos Contornos Norte e Sul da Rodovia dos Tamoios, que quando concluídas, serão vias perimetrais importante para se chegar as cidades de São Sebastião e Ubatuba, sem precisar acessar a cidade de Caraguá, estão praticamente “paradas”.

A Dersa afirma que as obras estão lentas e que vai tentar agilizá-las. Segundo a empresa, 77% dos serviços já foram concluídos. Nos canteiros das obras, no entanto, praticamente não se vê nenhuma movimentação de operários.

As obras passaram a tomar outro rumo, a partir de maio deste ano, quando a Dersa decidiu interromper os serviços  para que os projetos fossem revistos pela nova diretoria da empresa. Desde então, não se vê mais ninguém trabalhando nelas. O motivo? Está difícil de se esclarecido.

Contornos

As obras avaliadas em aproximadamente R$ 3,1 bilhões são de responsabilidade das  construtoras Serveng e Queiroz Galvão. Os contornos fazem parte do programa de duplicação e modernização da Rodovia dos Tamoios, cujo trecho de planalto foi duplicado, do km 11 ao km 60.  As obras de duplicação do trecho de serra seguem normais, segundo consta.

Os contornos Norte e Sul, quando concluídos, terão pista dupla com duas faixas de rolamento de 3,6 m e acostamento de 3 m por sentido. Os contornos possuem ainda cinco túneis duplos, perfazendo 13,346 km de extensão total (cerca de 6,7 km em cada sentido) e 44 pontes e viadutos, somando 8,029 km no total.

As obras dos contornos foram divididas em quatro lotes. A Construtora Serveng é  responsável pelas obras referentes aos lotes 1 e 2. A Construtora Queiroz Galvão pela execução dos lotes 3 e 4.

As obras iniciadas em 2013 deveriam estar construídas até o final deste ano(2018), mas pelo andar dos serviços das construtoras, os dois contornos devem ser inaugurados apenas no ano que vem.

Dersa

A Dersa encaminhou um e-mail informando a situação das obras. Leia integra da nota encaminhada:

A DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S/A informa que, diante do ritmo lento das obras, a Companhia mantém tratativas com as construtoras no sentido de processar aditivos que possam garantir a boa execução dos contratos referentes à Nova Tamoios Contornos. Neste momento, as obras brutas atingem um percentual de execução de 77% e mobilizam cerca de 1.100 trabalhadores nos quatro lotes do empreendimento.

A Queiroz Galvão, através de sua assessoria de imprensa, solicitou que a reportagem procurasse a Dersa para obter informações sobre o ritmo das obras.

Não conseguimos entrar em contato com a Serveng para saber o que estaria ocorrendo, ou seja, porque as obras estão “lentas”.

Os lotes 1 e 2 dos Contornos são de responsabilidade da Serveng. Os lotes 3 e 4 da Queiroz Galvão.

Situação

Em setembro, quando da primeira reportagem sobre a paralisação das obras dos contornos. A Queiroz Galvão alegou que os serviços foram paralisados a pedido da Dersa.

A Dersa, por sua vez, justificou que, “as obras dos lotes 3 e 4 teriam sido suspensas a pedido da nova diretoria da empresa, que teria assumido em maio deste ano, mas que a revisão já foi concluída e que a Queiroz Galvão foi comunicada e o contrato teve sua continuidade garantida.

Ainda em setembro, a reportagem solicitou novas informações à Queiroz Galvão sobre o real motivo da interrupção das obras do contorno em São Sebastião.

A construtora encaminho uma nota explicando que a execução das obras dos Lotes 3 e 4 do Contorno de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, foram paralisadas por determinação da contratante DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S.A. – e que nada tem relação com problemas jurídicos da empresa.

A Construtora Queiroz Galvão informou ainda que, mesmo com os contratos paralisados, estaria executado serviços essenciais visando manter a segurança do empreendimento, o que demonstra o seu total comprometimento com o Estado de São Paulo e com a população.

A empresa ressaltou ainda, na ocasião, que se encontrava à disposição para retomar a execução das obras e a oferta dos postos de trabalho, tão logo a Dersa decidisse pela retomada do contrato. De lá para cá, nada mudou, as obras permanecem paradas ou “lentas” como entende a Dersa.