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Covid-19: Institutos mantém trabalho de resgate de animais e aves marinhas nas praias

Tamoios News
Instituto Argonauta faz soltura de gaivota em praia de são Sebastião. Foto: Divulgação

Apesar da pandemia de coronavírus, o trabalho dos instituto que fazem o resgate de animais e aves marinhas no litoral paulista continua em plena atividade.

Institutos como o Gremar, de Santos e Argonauta, de Ubatuba, estão adotado medidas rígidas para prevenir o contágio e dar continuidade ao trabalho de resgate e reabilitação de animais marinhos da melhor forma possível.

Os dois institutos atuam no PMP-BS( Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos ) que é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

Na última quinta-feira(23), o Instituto Gremar foi acionado para resgatar um cachalote-pigmeu na praia de Boracéia, em Bertioga, infelizmente, o anima não resistiu e acabou morrendo.

No dia 20 deste mês, o Instituto Argonauta fez a soltura de uma gaivota que foi encontrada abatida na Praia São Francisco em São Sebastião/SP no dia 25 de março, na Praia Grande do mesmo município, depois de passar 25 dias em reabilitação.

Cachalote

Ambientalista do Gremar tentam salvar cachalote em praia de Bertioga. Foto: Divulgação

Na tarde da última quinta-feira (23), em ação pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), o Instituto Gremar foi acionado pelo Grupo de Bombeiros Marítimo de Bertioga (SP) para uma ocorrência na Praia de Boracéia.

Tratava-se de um animal da espécie Kogia breviceps, popularmente conhecida como cachalote- pigmeu, macho, juvenil, com aproximadamente 2,48m de comprimento, que apresentava diversas lesões pelo corpo, prostrado e com sinais de exaustão.

Ao chegar no local, a equipe constatou a gravidade do caso, já que o animal não apresentava condições de flutuabilidade ou nado. Diante do quadro, da inviabilidade da remoção imediata e também devido à maré, a opção foi abrir uma piscina artificial na faixa de areia para dar continuidade ao protocolo de estabilização na praia.

Funcionários da Prefeitura Municipal de Bertioga, do Departamento de Operações Ambientais e do Grupo Salva-Vidas local colaboraram com a operação, que contou inclusive com uma retroescavadeira.

Apesar de todos os esforços e das medicações administradas, o animal apresentou complicações e veio a óbito poucas horas depois, às 19h45.

A necropsia foi realizada na manhã desta sexta-feira (24), no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do Instituto Gremar, no Guarujá (SP). O resultado do exame será utilizado em estudos, pesquisas e ações destinadas à preservação da fauna marinha.

Gaivota

O Instituto Argonauta realizou na última segunda-feira(fez a soltura  de uma gaivota juvenil ( Larus dominicanus ) que foi encontrada abatida na Praia São Francisco em São Sebastião/SP no dia 25 de março, foi solta na segunda-feira, dia 20 de abril, na Praia Grande do mesmo município, depois de passar 25 dias em reabilitação.

De acordo com a médica veterinária Luisa Mutzenbecher, da Unidade de Estabilização de São Sebastião, o Instituto foi acionado no dia 25 de março para atender a ocorrência de uma gaivota que estava muito debilitada na areia da Praia de São Francisco.

O animal foi resgatado pela equipe do PMP-BS e levado então até a Unidade de Estabilização, onde recebeu os cuidados especiais da equipe. “A ave não conseguia se manter em pé. Estava desidratada e magra, com dificuldades para respirar e com os olhos machucados”, detalhou a médica veterinária. O que provavelmente lhe deixou doente, segundo Luisa, foi uma intoxicação alimentar.

Na Unidade de Estabilização a gaivota respondeu muito bem aos tratamentos que recebeu, e logo já começou a apresentar sinais de que em breve poderia ser devolvida a natureza. “Ela passou a se alimentar sozinha e voou dentro do recinto da Unidade”, comemorou. Os exames pré-soltura apresentaram bons resultados, indicando que a ave estava pronta para ser reintroduzida.