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Covid-19: Rede hoteleira prevê retomada apenas em setembro

Tamoios News
Praia Grande - Ubatuba

Um dos segmentos mais abalados pela pandemia de coronavírus em nossa região( e no país) a rede hoteleira do Litoral Norte acredita que somente a partir de setembro deve retornar a sua normalidade.

 

Segundo o Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurante e Similares, com sede em Ubatuba, existem 900 estabelecimentos de hospedagem no Litoral Norte.

 

O diretor do sindicato, José Carlos de Souza, disse que a maioria dos hotéis e pousadas fechou suas portas em função dos decretos municipais e estadual que proibiu o funcionamento dos estabelecimentos de hospedagem durante a quarentena.

 

Segundo Souza, a opção da maioria foi conceder férias, suspender contratos de trabalho e demitir funcionários. ” A crise sanitária e financeira provocada pela pandemia abalou profundamente a hotelaria em nossa região. A maioria dos proprietários  enfrenta muita dificuldade”, contou.

 

A maioria dos empresários da hotelaria está tendo muita dificuldade na obtenção de créditos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social), que liberou uma linha de créditos aos empresários devido a pandemia ou com o Investe SP, Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade do governo do estado, que também se colocou à disposição do segmento.

 

Souza afirmou que a expectativa dos donos de hotéis e pousadas é reabrir suas portas com o fim da quarentena, mas os turistas só devem aparecer na região a partir de setembro.

 

O hoteleiro Rodrigo Tavano, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis e Pousadas no estado de São Paulo, representando o Litoral Norte e o Vale do Paraíba, disse que, a situação é muito preocupante.

Tavano com representantes do Contur Foto: Divulgação)

 

Segundo Tavano, em Caraguatatuba, pelo menos duas pousadas fecharam suas portas em definitivo, devido a crise financeira causada pela pandemia. Ele mesmo fechou uma de suas pousadas e demitiu funcionários.

 

Sobre o fechamento de estabelecimentos na região e das demissões, ele disse que o segmento não teve como  manter as portas abertas e a maioria dos funcionários em atividade durante a quarentena.

 

“Não tem como manter. Tivemos uma temporada de verão muito fraca e perdemos três feriado prolongados, considerados excelentes para a região. Ficou tudo muito difícil”, afirmou.

 

Ele disse acreditar, que mesmo após a reabertura da atividade, os hóspedes somente devem retornar a partir de setembro. Tavano, também consultor do Sebrae, busca iniciativas para agilizar a retomada do movimento na rede hoteleira da região.

 

A presidente da Associação de Hotéis e Pousadas de Maresias, Niuara Tedesco, lamentou as dificuldades que os empresários estão tendo em obterem recursos dos governos federal e estadual para manterem suas despesas no período da quarentena.

 

Segundo ela, na costa sul sebastianense, muitos empresários tentaram, mas nenhum deles teria conseguido ainda a liberação dos empréstimos com o BNDES, que também, ofertou empréstimos a juros baixos para socorrer o segmento durante o período em que permanecerem fechados.

 

Em Ubatuba, Hugo Gallo, do Convention Bureau de Ubatuba, disse que os empresários da rede hoteleira estão buscando créditos junto ao Investe São Paulo, pois com o BNDES, a maioria não tem conseguido financiamento ou empréstimo para cobrir despesas durante o período em que se encontram fechados.

 

O BNDES anunciou um programa de apoio aos setores do turismo, hotéis, bares, restaurantes que foram impactados pela pandemia de Covid-19. Encaminhamos ao Ministério da Economia informações sobre as dificuldades dos empresários da região em terem acesso as linhas de créditos. O ministério informou que iria consultar o BNDES, mas não retornou as informações até o fechamento da matéria.