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Covid: Instituto Butantan inicia testagem em aldeias guaranis do Litoral Norte

Tamoios News

O Instituto Butantan, vinculado a Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, começou a ampliar a realização de testes em comunidades indígenas no litoral paulista.

Na segunda-feira(13), foram testados os guaranis da aldeia do Rio Silveiras, em São Sebastião.  A aldeia do Rio Silveira tem 90 famílias, num total de 430 índios. A testagem deverá ser feita, também, nas aldeias  Boa Vista e Renascer, em Ubatuba.

Testes

Teste covid em índios guaranis. Fotos: Instituto Butantan

Os projetos de testagem em grupos vulneráveis são coordenados pelo Instituto Butantan em parceria com o Centro Paula Souza e as Secretarias de Desenvolvimento Social, Administração Penitenciária, Saúde, Habitação, Segurança Pública e de Direitos da Pessoa com Deficiência.

São aplicados predominantemente testes rápidos sorológicos do tipo IgM/IgG, que identificam se a pessoa já teve contato com o coronavírus. Para aqueles que apresentam sintomas ou tiveram contato com pacientes confirmados para COVID-19 o exame indicado é o de RT-PCR, que aponta a presença do material genético (RNA) do vírus.

Em junho, um piloto do projeto foi realizado na Aldeia Filhos Desta Terra, em Guarulhos, com 45 indígenas testados. O objetivo da iniciativa é avaliar estes grupos que são considerados vulneráveis por meio de testes rápidos e, desse modo, tomar as medidas necessárias para barrar a disseminação do vírus.

Ainda em junho,  a Aldeia Paranapuã, em São Vicente, recebeu a visita de profissionais da instituição, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), da UBS Japui e da Secretaria Municipal de Saúde.

Na última sexta(10), foram testados os guaranis da Aldeia Takuarity, em Cananéia. O cientista, professor da USP e diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, decidiu descer a serra na sexta-feira para acompanhar a testagem rápida contra o coronavírus em indígenas no litoral.

Dimas Covas está coordenando pessoalmente o projeto de aplicação de exames em populações consideradas vulneráveis, como índios, idosos em abrigos, profissionais de segurança pública e saúde, agentes do sistema presidiário.