O clima no Legislativo sebastianense foi de festa na terça-feira (4), com a presença de muitos munícipes; vereador Gleivison Gaspar (PMDB) foi ovacionado na chegada
Por Rafael César, de São Sebastião
Após dois dias das eleições municipais, a sessão da Câmara de São Sebastião da terça-feira (4), teve discursos de todos os dez vereadores presentes. Eles agradeceram o apoio da população na campanha e comentaram sobre fatos polêmicos ocorridos durante os 45 dias de campanha eleitoral. A maioria dos vereadores desejou sorte ao novo prefeito da cidade, Felipe Augusto (PSDB).
O vereador Gleivison Gaspar (PMDB), o professor Gleivison, foi ovacionado pelos munícipes que assistiam a reunião. Ele foi o vereador que mais bem votado em toda a história das eleições sebastianenses: 3.183, equivalente a 7, 49% dos votos válidos.
“Quero agradecer à todos que depositaram sua confiança em mim. Esse resultado foi conquistado através de muito suor. Não vou dizer que sou perfeito, pois também cometi erros no longo da minha legislatura, mas vou tentar cometer menos ainda a partir de agora”, disse Gleivison.
Ele ainda falou que teve uma campanha limpa e parabenizou o candidato a prefeito de sua legenda, Juan Garcia, que ficou em segundo lugar. Além disso, desejou sorte para o prefeito que ganhou a disputa do Executivo, e alertou que vai fiscalizar a gestão do representante tucano.
Outro vereador que teve um discurso que chamou a atenção foi Reinaldo Moreira Filho (PSDB), o Reinaldinho. Ele destacou as polêmicas e falcatruas que houve no percurso da campanha, mas foi interrompido quando citou um caso que teria ocorrido no domingo (2). Segundo ele, uma funcionária da GCM (Guarda Civil Municipal) teria participado da distribuição de jornais tendenciosos no dia das eleições.
A guarda municipal, Pathy Saydel, 41, que também concorreu a uma vaga no Legislativo pelo PMDB, interpretou o discurso do vereador como uma indireta e falsa acusação, por isso acabou se manifestando. O tumulto foi criado e os ânimos alterados. O momento foi marcado por ataque de ideias e opiniões, que duraram cerca de dez minutos.
“Em nenhum momento, citei o nome dela e só comentei sobre o fato. Quando usei a tribuna para discursar falei que havia uma GCM que no dia da eleição estava distribuindo jornais. Ela mesmo disse que eu estava falando dela. Acho que essa guerra política tinha que parar. As eleições já acabaram não adianta continuar polemizando”, comentou Reinaldinho.
A guarda municipal gravou a fala do vereador e prometeu processá-lo. “Neste dia citado pelo vereador, fomos seguidos por três carros que faziam parte do grupo do prefeito eleito. O pessoal que estava comigo no carro notou. Estávamos indo sentido Vila Amélia, quando percebemos e fizemos o retorno pela Topolândia para retornar à base. Chegando os caras nos abordaram e falaram que estávamos distribuindo jornais. Eles olharam tudo mais não acharam nada”, explicou Saydel.
Depois de toda a confusão os discursos seguiram. Alguns vereadores que não foram reeleitos como Jair Pires, Marcos Tenório (PSC) e Marcos Fuly (PTB) também falaram. Segundo a maioria dos vereadores, Fuly tinha chance real de se reeleger como vereador, mas preferiu concorrer a uma vaga no Executivo.
“Vamos continuar em frente. Tive apenas 28 dias de campanha e conseguimos quase três mil votos. Essa campanha foi uma semente plantada que um dia irá dar frutos. Há diferenças enormes na candidatura para vereador comparado com a de prefeito. Na campanha para o legislativo tem sempre aquelas pessoas que votam pela aproximação com o candidato e na de prefeito já é diferente, a comunidade analisa os projetos e propostas do candidato”, complementou.
Dois vereadores não compareceram a sessão, um deles foi o presidente da Câmara Luís António de Santana Barroso (PSD), o Coringa, e Simei da Silva Ferreira (SD). Simei não foi reeleito e Coringa está aguardando julgamento para conseguir uma vaga em uma das 12 cadeiras da Câmara. Nenhum projeto foi votado e também não houve apresentação de requerimentos.
