Cinco árvores, sendo três de grande porte e duas pequenas, foram cortadas pela Defesa Civil e prefeitura de Ubatuba no último dia 15 de julho. Elas estavam na calçada da orla do Itaguá, perto do quiosque Cacha Prego, próximo à rotatória que liga a Avenida Capitão Felipe à Avenida Leovigildo Dias Vieira.
A prefeitura não informou quais eram as espécies das árvores removidas. Questionada se está previsto plantio de novas árvores ou jundu, a prefeitura respondeu que “nenhum plantio imediato será feito no local”, pois está sendo feito um estudo para solucionar os estragos provocados após a última ressaca e a Avenida Leovigildo será contemplada por revitalização com verba do Dadetur.
A Defesa Civil de Ubatuba isolou e sinalizou o local onde a calçada foi danificada, e afirma que o corte das cinco árvores foi feito de forma preventiva. “Uma delas ficou pendurada e oferecia riscos às pessoas que transitam pelo trecho. O local onde estava a árvore está totalmente destruído. Ela não chegou a cair, mas ficou pendurada com risco de queda a qualquer instante. As demais foram retiradas por estarem sem raízes de sustentação e também em risco de queda. É importante destacar que todas as retiradas têm autorização da Secretaria de Meio Ambiente”, justificou o diretor da Coordenadoria da Defesa Civil, Ricardo Domingos Gil.
O caiçara Júlio César Mendes publicou uma foto das árvores cortadas e escreveu: “Eu conto, em um das mãos, nesses últimos 30 anos, a quantidade de ações para plantio de árvores na orla central de nossa cidade; do contrário a motosserra come solto, e pensar que a cidade dispõe de uma secretária de meio ambiente, que na verdade plantam árvores para produção de cabides. Se tivessem um projeto, ou melhor, consciência e determinação de plantar uma árvore por mês, com certeza a nossa orla estaria bem mais sombreada, fresca, passarinhada,… Mas a politicalha vive da politicagem.”
Ambientalistas se manifestaram nas redes defendendo que sejam feitos mais plantios de árvores e jundu nas orlas das praias de Ubatuba.
Na opinião do morador Paulo Sri, é preciso readequar a cidade diante dos novos tempos, considerando as mudanças climáticas. “Reerguer com cuidado as muralhas, recolocar o solo fértil perdido, replantar árvores onde foram suprimidas e talvez até salvar algumas delas, e prestar mais atenção aos avisos que a natureza nos dá sobre suas necessidades e caprichos, esta pode ser uma boa maneira de reparar um baita erro cometido com a retirada da vegetação de jundu e que ainda hoje mostra seus resultados funestos”, sugeriu.
Por Redação Tamoios News