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Defesa de ‘Kero-Kero’ diz que vai recorrer da condenação pelo assassinato de Lelo

Tamoios News

Na quarta-feira (02/02), em julgamento realizado no Fórum de São Sebastião, com júri popular, Robson de Souza “Kero-Kero” foi condenado a 18 anos de reclusão, considerado culpado pelo assassinato em 2018 do arquiteto Wesley Augusto Sant’ Anna (Lelo). O julgamento de Robson começou na segunda-feira (31/01) e só foi concluído ontem. Segundo sua advogada, eles irão recorrer da sentença. Ela informou também que Robson foi condenado por homicídio, mas absolvido da acusação de furto.

Em setembro de 2021, Paula Regina Martins Sant’ Anna foi condenada a 18 anos e 8 meses de reclusão pelo assassinato de Lelo. Robson era amante de Paula na época do crime. Ele também seria julgado naquele mês, porém sua advogada de defesa conseguiu adiar, justificando afastamento do trabalho para tratamento de saúde. 

Relembre o crime

Segundo informações dadas pela mulher de Lelo, Paula Regina, à polícia, teria havido uma agitação e muito barulho naquela madrugada do dia 6 de outubro, na parte inferior da casa da família, local onde Lelo se encontrava no momento do crime. O crime teria ocorrido por volta das 3h30 da madrugada de sábado, quando Lelo teria retornado de um barzinho.

Paula alegou que, assustada com o barulho, teria pedido ajuda aos vizinhos. Um dos vizinhos teria ido até o local e encontrado o arquiteto bastante ferido, em um sofá. Lelo, que trajava apenas uma cueca, de cor branca, estava com a cabeça caída sobre um dos “braços” de madeira do sofá. Havia muito sangue espalhado pelo local. Imediatamente, o vizinho teria acionado o resgate e a Polícia Militar.

O arquiteto chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu, quando estaria sendo removido para o Hospital de Clínicas de São Sebastião. A Polícia Civil esteve no local e constatou que foram levados da casa dois celulares e uma arma calibre 380, que era de propriedade da vítima. Nada mais teria sido levado.

Foi constatado pelo Instituto de Criminalística (IC) que uma porta lateral da cozinha havia sido forçada. Por essa porta, podem ter adentrado à residência os possíveis autores do crime. O IC também descartou a hipótese de que o arquiteto tenha sido morto a tiros. Na sala onde Lelo foi morto, não foram encontradas cápsulas de armas de fogo. A polícia apurou depois que o arquiteto teria sido morto com um ou vários golpes na cabeça.

A polícia não encontrou nenhuma testemunha que percebeu ou viu a movimentação de pessoas estranhas nas proximidades da casa do arquiteto durante a madrugada em que ocorreu o crime.

Até então, a polícia suspeitava de um latrocínio (roubo seguido de morte), mas as investigações coordenadas pelo delegado Vanderlei Pagliarini, levaram a Robson de Souza, como o autor do crime. Ele foi preso no dia 6 de novembro. Posteriormente, no dia 20 de dezembro, a viúva do arquiteto, Paula Regina, também foi indiciada pela morte do marido. Tudo indica que trata-se de um crime passional. Robson e Paula tinham um relacionamento.

Lelo ocupava o cargo de chefe de seção de Obras Particulares na Secretaria de Obras da Prefeitura de São Sebastião. Ele também foi policial militar na cidade até 2008.