A delegada titular de Caraguatatuba, Júnia Macedo, também, instaurou inquérito para apurar supostos crimes de injúria e difamação por parte do Exposed (exposto), aplicativo que denúncia homens possivelmente envolvidos com crimes de violência e assédio sexual.
O Exposed é um perfil criado nas redes sociais entre eles o whatsapp e Facebook, onde grupos divulgam listas com os nomes de supostos abusadores de mulheres em algumas cidades brasileiras. O Exposed também atua em São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba.
No Exposed, são feitas denúncias de homens acusados de assédio, importunação sexual, estupro, comportamento abusivo e abuso psicológico. As vítimas indicam através de emogies quais tipos de abusos sofreram.
As opções são Assédio Sexual, Assédio Verbal, Estupro, Agressão, Relacionamento Abusivo, Espalhou Nude e Abuso Psicológico ou Mental. Alguns grupos, divulgam os nomes dos supostos abusadores.
Segundo ela, cinco homens, que se consideraram vítimas da exposição feita pelo grupo Exposed da cidade, registraram boletim de ocorrência na delegacia cobrando providências pela polícia civil. O inquérito foi instaurado pela delegada.
Em Caraguatatuba, a lista de homens supostamente envolvidos com assédio sexual, violência, agressão, estupro ou relacionamento abusivo, consta com mais de 170 nomes, incluindo pessoas bastante conhecidas na cidade.
São Sebastião
Em São Sebastião, o inquérito foi instaurado na semana passada. O delegado titular do município, Vanderlei Pagliarini, solicitou as operadoras de telefonia móvel a identidade das mulheres que administram o grupo “Exposed” no município.
Segundo Pagliarini, sete homens, na maioria, menores de idade, procuraram a delegacia nos últimos 15 dias para apresentar denúncia sobre a inclusão de seus nomes na lita que circula no município.
“A conduta dessas mulheres, e dos responsáveis por esses grupos, configura crimes de injúria, difamação e exercício arbitrário das próprias razões. Após regular instrução o caso será remetido ao Poder Judiciário para as devidas providências”, disse Pagliarini.
As investigações seguem em sigilo, segundo Pagliani. Segundo ele, o correto é que a mulher vítima de um desses casos procure a polícia, a delegacia da Mulher para fazer a denúncia e dar o nome do suposto envolvido.