O deputado Paulo Corrêa Jr intermediou o encontro que tratou sobre as obras da Nova Tamoios com representantes das quatro cidades. O deputado questionou a Dersa sobre o Km 52 da Tamoios, onde uma das pistas está interditada há três anos devido a um deslizamento de terra. Dersa e Concessionária Tamoios discutem na justiça a responsabilidade pela obra. Segundo a Dersa, a obra poderá ser feita pela concessionária ou através de nova licitação, com prazo de conclusão de oito meses.
Na última semana, o deputado estadual Paulo Corrêa Jr (PATRI) marcou uma reunião na Dersa, para intermediar diversos assuntos entre o presidente da companhia, Milton Roberto Persoli, e vereadores dos quatro municípios do Litoral Norte. Entre eles está a obra da Nova Tamoios, que está paralisada desde o final do ano passado.
A maior preocupação de Corrêa Jr, após matéria veiculada no portal Tamoios News no último domingo, era quanto à retomada do tráfego no KM 52, que sofreu um deslizamento de terra há três anos. Segundo os diretores da Dersa, ainda estão estudando o caso para ver se devolvem para a concessionária Tamoios prosseguir com as obras do trecho, ou se será feita uma nova licitação. Porém, ao ser questionado sobre o tempo de conclusão da obra, o diretor-presidente respondeu que no mínimo serão necessários oito meses.
Após a rescisão do contrato da obra, mais de 800 trabalhadores foram mandados embora, e isso é um dos pontos que gera muita preocupação. “Precisamos dar uma satisfação para todas essas pessoas que ficaram desempregadas. Elas têm muitas dúvidas que ainda não foram respondidas.”, pontuou Corrêa Jr durante o encontro.
O presidente da Dersa disse que teve esse cuidado com os funcionários dispensados, pois a obra precisa de manutenção mesmo estando parada, por isso está contatando a prefeitura para recontratar esses trabalhadores. O objetivo é cuidar da segurança do local, obras de micro drenagem, limpeza e assistência. Mas, por enquanto, esbarra na prefeitura que ainda não respondeu sobre essa questão.
“Não faz sentido eu deslocar pessoas de São Paulo para trabalhar no projeto. A mão de obra local é a melhor opção e será valorizada. Preciso apenas do apoio das prefeituras”, disse Milton.
O encontro de hoje foi oportuno para que os membros da companhia se prepararem para a audiência pública que ocorrerá no dia 24 de abril, em São Sebastião. A reunião, com representantes de São Sebastião, Ilhabela, Ubatuba e Caraguatatuba, contará com a presença da Artesp, do DER, além da própria Dersa.
O objetivo é discutir de maneira profunda tudo o que envolve a obra da Nova Tamoios e elucidar todos os pontos para autoridades e cidadãos do litoral norte. Assuntos como a retomada do projeto, impacto nas obras do contorno, estudos em relação à subida e descida de Ubatuba, pedágios, definição da chegada em São Sebastião e Caraguatatuba, estão na pauta.
Além do presidente da companhia, estavam presentes o diretor de operações João Luiz, o gerente de planejamento operacional Mauro Szwarcgun, o chefe de departamento de relações institucionais José Eduardo e o Coronel Dutra, assessor do secretário de logística e transportes João Octaviano, para tirar as dúvidas dos vereadores e representantes de sindicatos.
Muita conversa, reuniões, mas nenhuma definição ou solução. Lamentável.