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Deputado questiona secretário sobre cartaz com linguagem neutra em escola de Ubatuba

Tamoios News

O deputado estadual Douglas Garcia (PTB) é autor de um requerimento de informação que questiona o secretário da Educação do Estado de São Paulo sobre o uso da “linguagem neutra” na escola estadual Professora Dionísia Bueno Velloso, localizada no bairro Perequê-Açú, em Ubatuba. 

A publicação do requerimento no Diário Oficial na semana passada foi acompanhada de uma foto em baixa resolução onde há um cartaz escrito “Bem Vindes”, além de outras palavras ilegíveis devido à qualidade da fotografia.

No requerimento, o deputado questiona: “A Secretaria de Educação tem adotado providências em casos de constatação do uso da chamada ‘linguagem neutra’ nas instituições de ensino do Estado? Medidas serão adotadas sobre a utilização da ‘linguagem neutra’ por professores da Escola Estadual Professora Dionísia Bueno Velloso? Em caso positivo, quais providências serão tomadas pela Secretaria de Educação?”.

A mesma foto do cartaz escrito “Bem Vindes” já havia sido divulgada nas redes sociais pelo vereador Júnior Jr. (PODE), autor de um projeto que virou Lei em Ubatuba em novembro de 2021, que veda nas instituições de ensino a utilização da “linguagem neutra”.

Foto: Diário Oficial Poder Legislativo, 8 de fevereiro de 2022

A “linguagem neutra” de gênero é aquela em que não se usa a vogal que designa o gênero masculino ou feminino de uma palavra. Por exemplo, ao invés de ‘menina’ ou ‘menino’, utiliza-se ‘menine’, ‘meninx’ ou ‘menin@’. Quem defende o uso de uma linguagem neutra argumenta que é uma forma mais abrangente de uso da língua, englobando pessoas do gênero masculino, feminino e também quem não se identifica com nenhum dos dois.

O Deputado Douglas Garcia, vice-presidente do Movimento Conservador (antigo Direita São Paulo), classifica a “linguagem neutra” como “invencionice, de cunho exclusivamente ideológico e sem embasamento científico algum” e alega “necessidade da adoção de medidas para evitar o seu uso nas salas de aula, nos materiais didáticos e na grade curricular das escolas do Estado de São Paulo”.

O portal Tamoios News procurou a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que não retornou até o fechamento desta matéria.