Fiscais do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável pela proteção ambiental do Arquipélago de Alcatrazes, autuaram na madrugada desta quinta-feira (06), duas pessoas por pescar na unidade de conservação afetando espécie ameaçada.
O barco estava próximo à Ilha do Farol, no interior do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, local de grande importância para as espécies protegidas pela Unidade de Conservação – UC.
Com a dupla, de Ilhabela, foram apreendidos 264 quilos de pescado e dentre as espécies tinham 3 garoupas (Epinephelus marginatus) que é ameaçada de extinção, além de 31 Xareus (Caranx hippos), 12 Carapaus (Trachurus trachurus), 13 Pirajicas ( kyphosus sectratrix), 10 Bonitos (Katsuwonus pelamis) 3 Anchovas (Pomatomus saltatrix) 1 Galo (Selene vômer) 2 Bagres (Genidens barbus), 12 Galha-preta (Carcharhinus brevipinna), 2 Cação-Frango (Rhizoprionodon porosus).
Petrechos de pesca também foram apreendidos, entre eles, 2 redes, 10 linhadas e uma embarcação de alumínio (tipo voadeira). O valor das multas passa de R$ 140 mil.
Conforme determina a lei, o fato será comunicado ao Ministério Público Federal, para que proceda à abertura de processo criminal em desfavor dos autuados.
Os peixes apreendidos foram doados para o Fundo Social de Solidariedade de São Sebastião.
O ICMBio Alcatrazes reitera que o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, na Costa Sul de São Sebastião, e a Estação Ecológica Tupinambás, localizada em Ubatuba são de proteção integral fundamentais para reposição dos estoques pesqueiros da região.
A pesca de predadores de topo como os tubarões afeta toda a cadeia marinha e causa danos imensuráveis às unidades.
A pesca de qualquer natureza permanece proibida no interior das duas unidades e os infratores estão sujeitos à multa, apreensão da embarcação e dos petrechos de pesca.
Turismo no Arquipélago
Considerado um santuário da biodiversidade marinha em todo o país o refúgio de Alcatrazes, localizado a 45 quilômetros da costa de São Sebastião, foi aberto oficialmente para a visitação pública em dezembro de 2018 com um mergulho inaugural que reuniu 120 turistas de várias partes do Brasil.
O passeio até o arquipélago só pode ser feito por empresas autorizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) responsável pela gestão da área.
Fonte: Assessoria de Imprensa do ICMBio