Escolas estaduais e municipais de São Paulo que atendem a estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental aplicam, entre os dias 21 de novembro e 8 de dezembro, a segunda edição do ano da Avaliação de Fluência Leitora da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP). A participação dos municípios é opcional e, até este momento, 575 das 645 cidades do Estado aderiram à aplicação da avaliação.
A avaliação é mais uma das ferramentas para apoiar as escolas estaduais e municipais a desenvolverem ações para garantir a alfabetização de crianças e alcançar melhores resultados no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Os municípios que ainda não aderiram à avaliação podem manifestar interesse na aplicação até o dia 17 de novembro.
Na primeira edição da Fluência Leitora, participaram das provas 329,5 mil alunos da rede pública, em escolas presentes em 606 cidades. Os resultados dessa primeira etapa dão conta que 14% dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da rede pública do estado são leitores fluentes, 42% são leitores iniciantes e 44% são pré-leitores.
“Com mais esse recurso de apoio à alfabetização das crianças do Estado, as escolas poderão comparar os avanços desses mesmos estudantes ao longo do ano de 2024 e até mesmo desenvolver ações de reforço, caso a avaliação aponte percentuais são satisfatórios de pequenos leitores”, afirma o secretário da Educação de SP, Renato Feder.
Como funciona a Avaliação da Fluência Leitora
A Fluência Leitora avalia o desempenho individual dos alunos na leitura e compreensão de textos escritos, visando identificar possíveis lacunas no processo de alfabetização. A atividade prática permite avaliar a capacidade dos estudantes no entendimento de palavras, pseudopalavras e textos adequados à sua etapa escolar, levando em consideração sua habilidade, fluidez e ritmo de leitura.
Para a avaliação, feita com todos os estudantes das salas de 2º ano do Ensino Fundamental, a Educação concede acesso dos professores dos pequenos ao aplicativo exclusivo do CAEd (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), pelo celular. Esse aplicativo grava a leitura dos alunos e agiliza o acesso aos resultados.
São consideradas leitoras fluentes as crianças que conseguem ler entre 45 e 60 palavras corretamente no decorrer de um minuto, entre 28 e 40 pseudopalavras (palavras inventadas ou sem significado) e atingem 97% de precisão na leitura de palavras existentes em um texto.
Escola da capital incentiva criatividade de estudantes para alfabetização
“Meu cachorro comeu”, “a chuva molhou”, “derrubei suco no meu caderno”, “fiz no meu computador e apaguei sem querer”, “tive dor de barriga”. Essas são algumas das desculpas esfarrapadas mais batidas que alunos de todas as idades apresentam quando estão atrasados com a lição de casa. Na capital, professores e professoras da Escola Estadual Brasílio Machado decidiram transformar as justificativas em mais uma oportunidade de aprendizado e estímulo à criatividade dos pequenos no processo de alfabetização.
Como forma inusitada de incentivar a leitura, a escrita e a criatividade, 300 alunos matriculados entre o 1º e 5º ano do Ensino Fundamental da escola Brasílio foram estimulados a desenvolver redações e criar histórias a partir desses causos.
Segundo a diretora da escola, professora Simone Romano, essa é mais uma forma de engajar os pequenos. “Crianças têm muita criatividade e elas precisam ser motivadas para que isso não se perca. Nós pegamos uma dificuldade e transformamos em uma atividade divertida, colaborativa e de estímulo à leitura e escrita. Tenho certeza que essa é mais uma forma de encontrar e destacar talentos”.
Fonte: Governo do Estado de São Paulo