Com público pequeno e sem bandeiras, cartazes ou microfones, PSDB confirma ex-prefeito de Ubatuba como candidato
Por Raell Nunes, de Ubatuba
A convenção do PSDB, que oficializou a candidatura de Eduardo César para concorrer ao cargo de prefeito nas eleições de outubro, junto com Rogério Frediani como vice da chapa, foi pouco divulgada, tímida e quase secreta na manhã do domingo (24).
Com um público de aproximadamente 20 pessoas, a reunião foi em lugar pequeno nas imediações do Calçadão. Os tucanos apresentam por volta de 60 candidatos às vagas no Legislativo, sendo que esse número pode aumentar devido à vinda de novos partidos para a coligação.
A sigla do PSDB nunca elegeu um prefeito em Ubatuba. De acordo com o presidente do partido em Ubatuba, Marcilio Lopes, o governador do Estado Geraldo Alckmin está contende com a chegada de Eduardo, que já comandou a cidade por dois mandados. Há uma cobrança muito grande para que se ganhem as eleições de 2016.
Segundo o presidente tucano, Alckmin leu a ficha de Eduardo César, assinou e disse: “agora vai”. O candidato ao pleito afirmou que confia na equipe, que de acordo com ele está forte e melhor preparado para disputar os votos nas urnas.
Além do apoio do governador, Eduardo César conta com a contribuição do atual presidente da Câmara, Claudnei Bastos Xavier, o Pastor Xavier. Também ocupando cadeiras na Casa de Leis, Eraldo Carlos Tenório Todão, o Xibiu, e Silvio Carlos de Oliveira Brandão, Silvinho Brandão, aderiram à sigla. Porém, Xibiu diz não concorrer nessas eleições.
Apesar de toda essa base política aparentemente sólida, o prefeito e o pré-candidato de Caraguatatuba, junto com o pré-candidato de São Sebastião do PSDB estão dando suporte a outro candidato, Délcio Sato (PSD).
Eduardo César consolidou sua candidatura e força política mesmo tendo suas contas rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). As irregularidades nas contas são referentes ao ano de 2011 e 2012 – época em que Eduardo era chefe do Executivo do município.
As contas do ex-prefeito ainda não foram julgadas pela Câmara de vereadores. Esse trâmite está decorrendo desde o começo do ano. Favoráveis ao ex-administrador da cidade, dizem que no regimento não há o direito à ampla defesa, prevista na Constituição de 1988. O presidente da Casa de Leis tentou viabilizar essa questão, mas o plenário foi soberano e votou contra.