Política Ubatuba

Em nove minutos de sessão, Câmara adia julgamento de contas rejeitadas de Eduardo César (PSDB)

Tamoios News

Quatro vereadores discordaram da prorrogação; ex-prefeito com contas rejeitadas pelo TCE recebeu mais de 6 mil votos nessas eleições

Por Raell Nunes, de Ubatuba

Muitos moradores de Ubatuba saíram de suas residências, mesmo com tempo chuvoso, para acompanhar mais uma sessão ordinária do Legislativo, na terça-feira (11). A expectativa era de que o clima fosse mais “acalorado” com a discussão de alguns projetos que estavam previstos para a pauta.

No entanto, o que se presenciou foram nove minutos de reunião e o adiamento por uma sessão do julgamento das contas rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), de 2011 e 2012, do ex-prefeito do município, Eduardo César (PSDB). Nas eleições realizadas no último 2 de outubro, o ex-prefeito recebeu mais de 6 mil votos nas urnas, ficando em terceiro lugar. Esse imbróglio das contas já se arrasta desde o ano passado.

O encontro entre os legisladores e a população nesta semana durou menos de dez minutos. “É um processo longo e não deu tempo [de analisar] por causa das eleições. Todos os vereadores aqui competiram”, disse Silvinho Brandão (PSDB), aos cinco minutos de sessão.

Em seguida, o vereador tucano, que foi reeleito com 1.392 votos, pediu o adiamento da votação do julgamento do ex-chefe do Executivo. O presidente da Casa de Leis, Claudnei Bastos Xavier (PSDB), também reeleito com 1.188 votos, colocou a proposta do seu companheiro de partido para seus pares avaliarem.

Apenas quatro dos dez vereadores foram opostos à ideia de prorrogar a situação: Reginaldo Fábio de Matos (PMDB), Manuel Marques (PT), Flavia Pascoal (PSB) e Adão Pereira (PCdoB). “O pedido de adiamento foi aprovado com quatro votos contrários”, acrescentou o presidente do Legislativo.

Passado dois minutos da confirmação do adiamento, o comandante da Câmara repetiu o que sempre faz: “não havendo mais nada a tratar e discutir, dou por encerrada essa sessão”, falou antes de bater, com a mão direita, a campainha na sua frente. Após o encerramento, a plateia se entreolhava e se cumprimentava dizendo uns aos outros que era melhor ter ficado em casa.

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