Eleita pelo PPS, a nova presidente da Casa de Leis do arquipélago é a única mulher da região a assumir o cargo para o biênio 2017-2018
Por Gustavo Nascimento, de Ilhabela
Com pelo menos 45 anos de trabalho em prol da comunidade de Ilhabela e cumprindo, desde o dia 1º de janeiro de 2017, o oitavo mandato como vereadora, a nova presidente da Câmara Municipal do arquipélago, Nanci Zanato (PPS), defende um legislativo renovado e que chegou para fazer a diferença.
A chefe do poder legislativo para o biênio 2017-2018 foi eleita vereadora pelo PPS em 2016, com 251 votos, na coligação da então candidata a prefeita, Lídia Sarmento, do mesmo partido.
Casada, mãe de quatro filhos, ela acumula experiência na Câmara Municipal e também na Prefeitura de Ilhabela. Durante sua trajetória, também desenvolveu trabalhos voltados a ações de apoio a idosos, dependentes químicos e outros segmentos da sociedade.
Na entrevista concedida com exclusividade ao Portal Tamoios News, Nanci Zanato falou sobre a nova sede do legislativo, relacionamento com o atual prefeito e alguns temas que serão discutidos nas próximas sessões ordinárias. Confira abaixo.
Tamoios News (TN) – Quais são as principais propostas para o biênio 2016-2017?
Nanci Zanato (NZ) – Não estava na minha proposta ser presidente da Câmara de Ilhabela. Os vereadores da coligação resolveram fazer a minha indicação. Relutei no início, mas Ilhabela é a minha terra. Ainda posso fazer muito pela cidade. Assumi com o grande desafio de desocupar o atual prédio do legislativo para poder finalizar a transferência ao novo imóvel, construído pela gestão do prefeito Toninho Colucci (PPS). Porém, havia uma liminar em que não autorizava a mudança. Mas, graças ao trabalho da nossa equipe, conseguimos derrubar a liminar em São Paulo para terminar o que já foi iniciado.
TN – Como foi o entendimento com o atual prefeito sobre a utilização da Casa da Princesa?
NZ – Tivemos um acordo de utilizar o imóvel durante um ano e oito meses até que um novo local seja encontrado pela prefeitura para que possamos fixar a Câmara Municipal. O prédio atual, que pertence ao Executivo, não está mais em condições de trabalhar e receber a população. O acesso é ruim, com escada muito grande e sem acessibilidade nenhuma.
TN – Entre suas propostas de campanha estão políticas para mulheres, como a busca pela implantação de uma delegacia voltada a este público. Como estão estes projetos?
NZ – No momento ainda não coloquei em prática as propostas porque estou ajustando estas primeiras questões de início de mandato, como a mudança para a nova sede. E esta é uma atribuição do presidente. Posso dizer que estou muito satisfeita com toda a equipe. O prefeito anterior (Colucci) terminou seu mandato elegendo sete vereadores da coligação. Mas estamos harmoniosos também com os outros dois legisladores. Esta Câmara veio para fazer a diferença, que dialoga tanto com a população quanto com o prefeito.
TN – Você defendeu, inclusive, melhores condições para usuários da travessia de balsas entre São Sebastião e Ilhabela. Esta discussão voltará ao plenário?
NZ – Assim que as sessões forem iniciadas, no dia 7 de fevereiro, o tema “travessia de balsas” será retomado, com certeza. O assunto afeta nossos moradores e os turistas que visitam nossa cidade. Afinal, somos uma extensão da Rodovia dos Tamoios. A estrada foi preparada e também recebeu pedágios. Agora o serviço aqui embaixo precisa ser resolvido, porque é um problema grave.
TN – Alguns municípios da região e até do país iniciaram o ano com corte de gastos e enxugamento da máquina. A Câmara terá algum corte neste sentido?
NZ – Não acredito que será necessário. O meu antecessor fez um mandato responsável. Não tive nenhuma “herança” para resolver este ano, enquanto presidente.
TN – Deixe uma mensagem aos leitores do Portal Tamoios News.
NZ – Todos os cidadãos do Litoral Norte, não somente de Ilhabela, que precisarem dos meus serviços estarei à disposição. Às vezes, necessitamos ir aos outros municípios conversar com os presidentes das Câmaras vizinhas para resolvermos problemas ou buscar soluções conjuntas. Portanto, da mesma forma que vou de casa em casa pedir votos, a comunidade também pode me procurar na Câmara para ser atendida. Pode ter votado ou não em mim. Isso não é uma demagogia. Desde 1º de janeiro de 2017 sou funcionária pública da população.00