Economia

Em um ano, indústria brasileira de máquinas e equipamentos fecha 22 mil postos de trabalho

Tamoios News

Comportamento confirma a tendência de queda no faturamento do setor

Em abril, indústrias de bens de capital mecânico teve queda de 14,6% no faturamento.  Na tarde da última quarta-feira, (27/05), a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) divulgou o balanço do desempenho do setor no primeiro quadrimestre de 2015, durante a coletiva de imprensa comandada pelo Presidente da ABIMAQ, Carlos Pastoriza; o Presidente Executivo, José Velloso Dias Cardoso; e o Diretor da entidade, Mário Bernardini.

No período, a indústria de bens de capital faturou R$ 23,547 bilhões. No acumulado do ano o aumento foi de 4,5% sobre o mesmo período em 2014, mas sobre março de 2015, o faturamento em abril apresentou queda de 14,6%. Reflexo desta constante queda é o comportamento do emprego no setor, que encerrou 22.430 postos de trabalho entre abril de 2014 e abril de 2015.

O consumo aparente mensal, que soma o valor de R$ 47,405 bilhões nos quatro meses, apresentou estabilidade com aumento de 2,2% em relação ao acumulado no ano passado. “Por outro lado, a queda nas importações e no consumo interno nos levam a prever, em 2015, uma nova redução no consumo aparente brasileiro, após cair 14,4% de 2013 para 2014”, avalia o Departamento de Competitividade, Economia e Estatística da ABIMAQ.

As exportações de US$ 2,633 bilhões no quadrimestre estão em forte queda de aproximadamente 16%. Apesar das oscilações mensais, desde 2013 é possível perceber a tendência desta perda. Segundo a ABIMAQ, isso confirma que o câmbio ainda não está competitivo e o quadro é agravado, ainda mais, pela paralisia nos financiamentos à exportação.

No período, os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos foram, pela ordem, América Latina, Estados Unidos e Europa. No cenário das importações, o montante de US$ 7,130 bilhões em compras no quadrimestre é coerente com o ambiente recessivo na indústria brasileira de transformação e deve se manter, ao longo de 2015, com queda da ordem de dois dígitos.

 

Fonte: Alameda Comunicação www.alamedacomunicacao.com.br 

 

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