A empresa Quality Medical Comércio e Distribuidora de Medicamentos, sofreu busca e apreensão autorizada pela justiça em função da Operação Estafeta, deflagrada pela Polícia Federal no dia 14 de agosto de 2025, por suspeita de pagar propina ao prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima, que foi afastado do cargo. Segundo a PF, a empresa aparece de forma proeminente nas conversas constantes no material apreendido com um assessor parlamentar envolvido no esquema. O documento cita que, em apenas quatro meses, foram verificados valores significativos referidos como ‘QUALITY’, totalizando R$ 666.691,00, R$ 230.000,00, R$ 642.534,00 e R$ 384.900,00.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, o prefeito Marcelo Lima, recebeu R$ 130 milhões referentes a contratos com diversas cidades paulistas no período de um ano.
A empresa Quality também fechou contratos com a prefeitura de São Sebastião no ano de 2020, no valor de R$ 247,299,85, e no ano de 2022, no valor de R$ 6.095.835,00.
A Polícia Federal cita que os sócios da empresa, também possuem uma holding que é proprietária de uma vasta frota de veículos de luxo e embarcações. A corporação listou uma Ferrari 296 GTS, de R$ 4,2 milhões, um Porsche 911 Turbo S, de R$ 2,1 milhões, um Porsche Cayenne, de R$ 1,4 milhão, além de outros modelos BMW, Volvo, motos aquáticas e lanchas.
Os sócios, segundo a polícia, são réus em ação civil de improbidade administrativa e já foram alvos da Operação Prato Feito. A Polícia Federal cita os recebimentos milionários da empresa de diversas prefeituras para sustentar “a relevância dessa empresa no esquema financeiro”.
“Curiosamente a prefeitura de São Sebastião também foi alvo da Operação Prato Feito, deflagrada pela Policia Federal no dia 9 de maio de 2018, cumprindo mandados de busca e apreensão na área da educação desde 2015, durante a gestão do ex-prefeito Ernane Primazi e Felipe Augusto. O objetivo da investigação foi sobre desvio de recursos públicos e principalmente na meranda escolar, e no fornecimento de uniforme e material didático, além de outros serviços. Os principais crimes investigados são fraude a licitações e à execuçãi de contratos, além de associação criminosa, corrupção ativa e passiva.”
As investigações da Operação Estafeta, começaram no mês passado, a partir da apreensão de R$ 14 milhões, entre notas de reais e de dólares, no apartamento de um assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo, apontado pela Polícia Federal como operador financeiro do prefeito. Segundo a investigação, o assessor bancava, por meio de uma empresa, despesas pessoais da família do prefeito, como cartão de crédito, conta de telefone e até a faculdade de medicina da filha do político. Em conversas captadas entre o assessor e Marcelo Lima, eram usados códigos para tratar de supostas propinas de empresas.
A reportagem do Tamoios News, questionou a empresa Quality Medical Comércio e Distribuidora de Medicamentos, mas não houve retorno até a publicação da matéria. A reportagem também tentou contato com o prefeito de Marcelo Lima, de São Bernadnro do Campo, mas não houve retorno.
Redação/Tamoios News