Por Aline Abad
A escoliose é uma deformação tridimensional da coluna vertebral. O diagnóstico é realizado através do exame clínico e/ou radiográfico, onde observa–se uma curva lateral da coluna que pode ser em formato de “S” ou “C”.
As causas podem ser variadas. Destaca-se cinco origens principais:
- Escoliose de adaptação: por uma rotação da pelve, um torcicolo ou uma perna curta que obrigam a coluna colocar-se em situação de compensação;
- Escoliose congênita: a pessoa nasce com alguma vértebra com deformidade levando a coluna adaptar-se;
- Escoliose neuromuscular: ligada à fraqueza muscular ou mesmo uma paralisia decorrente de doenças.
- Escoliose antálgica: chamada de falsa escoliose. Com a atuação dos mecanismos automáticos de defesa, cujo papel é de “esconder“ a dor, a coluna assume uma posição característica da escoliose;
- Escolioses essenciais ou idiopáticas: de causa desconhecida, mais comum em adolescentes do sexo feminino. Os adolescentes estão em fase de crescimento e é nessa fase que geralmente aparecem os desvios.
O indivíduo com escoliose pode apresentar ou não a dor. Ao exame clínico, observamos o desvio lateral da coluna, quadris e ombros desnivelados e cintura desigual.
O tratamento recomendado é a Reeducação Postural Global (RPG), uso de coletes, adaptação de palmilhas posturais, ou ainda, o tratamento cirúrgico. Vale lembrar que somos um todo e não somente a coluna. Mesmo quando a opção de tratamento for a cirurgia, onde será tratada a coluna em si, devemos ter em mente que a musculatura teve papel importante naquele desvio. A Reeducação Postural Global pós cirurgia é fundamental no alongamento dos músculos encurtados que ocasionaram tal desvio.