O jornal Folha de São Paulo noticiou nesta sexta(30), que a Secretaria de Logística e Transportes rescindiu os contratos com as empresas Serveng/Cilvilsan e Queiroz Galvão, que eram responsáveis pelas obras de construção dos contornos.
Segundo o jornal, a Secretaria dos Transportes deverá abrir uma nova licitação para a continuidade das obras, paralisadas desde julho do ano passado.
As obras dos contornos Norte(Ubatuba) e Sul(São Sebastião) são prioritárias para o fluxo turístico na região e, principalmente, para a expansão das atividades no porto de São Sebastião.
As obras, avaliadas em cerca de R$ 3 bilhões, foram iniciadas em 2013 e deveriam ser entregues em 2016(Norte) e 2017(Sul), mas foram paralisadas em julho do ano passado quando o governo decidiu rever os contratos, desde então, nada mais foi feito.
Segundo a Secretaria de Logística e Transportes, as empresas já haviam recebido R$ 1,4 bilhão do estado e 76,4% das obras estão executadas.
O presidente da Dersa, Milton Persoli, teria adiantado que o contrato foi rescindido com as duas empresas e que será feita uma nova licitação, processo que pode durar até oito meses.
Aguilar Júnior
O prefeito de Caraguá, que esteve reunido com Persoli, para tratar de alagamentos provocados pelos contornos em bairros da cidade, disse à reportagem da Folha, que as obras dos contornos devem ser retomadas o quanto antes não só para resolver os problemas que a população local tem enfrentado, mas também para que o projeto de duplicação da rodovia cumpra seu objetivo.
Segundo Aguilar Júnior “não vai adiantar nada se concluírem as obras da serra, se os contornos não estiverem prontos. Para Aguilar Júnior, isso causaria um problema ainda maior para a região, que seria um grande gargalo bem na chegada ao litoral.
Prejuízos
A paralisação das obras dos contornos, que quando concluídas, vão facilitar o acesso às praias de São Sebastião e Ubatuba, desafogando o trânsito de Caraguatatuba, está afetando o turismo e prejudicando os investimentos na região.
Um dos setores mais prejudicados está sendo o porto de São Sebastião, um dos principais motivos do governo do estado investir na duplicação da Tamoios e nos contornos.
Com a situação precária da rodovia Rio-Santos, devido às chuvas, muitas empresas estariam desistindo de importar ou exportar pelo porto de São Sebastião.
A Rio-Santos, no Km 116, tem limite de carga no trecho, que foi atingido por um deslizamento de terra. Só podem trafegar pelo local, caminhões, com até 23 toneladas de carga.
Algumas empresas que já tinha agendado operações no porto, estão utilizando caminhões menores para importar ou exportar suas cargas, isso tem atrasado e encarecido as operações portuárias.
Outras empresas, optaram de desviar seus navios de São Sebastião para o porto de Santos, até que, as obras na Rio-Santos sejam concluídas e liberado um volume maior de cargas nos caminhões.
Espero que essas obras comecom logo logo