Piscina já acumula sujeira no piso e nas laterais
Situação também atingiu idosos e outras pessoas da comunidade que tinham aulas na piscina olímpica do Travessão
Por Ricardo Hiar
Desde maio, cerca de 300 alunos da Escola de Tempo Integral – Ciase (Centro Integrado de Ações Sócio-educativas), no bairro Travessão, em Caraguatatuba, estão impossibilitados de participar das aulas de natação. O mesmo acontece com idosos e outros membros da comunidade local, que realizavam aulas de hidroginástica na piscina instalada nesse espaço. Um problema na bomba é que estaria ocasionando a interdição do equipamento. No Ciase, uma placa apenas indicava aos usuários que a piscina está interditada por tempo indeterminado.
Sem manutenção, a piscina, que tem 50m de extensão por 25m de largura, já apresenta muita sujeira acumulada no piso e nas laterais, correndo o risco de perda da água (quase dois milhões de litros).
Segundo informação de um pai de aluno, que preferiu não se identificar, funcionários têm jogado cloro na água. “Estamos bastante chateados pelas crianças não terem mais as aulas e ninguém dar uma posição sobre quando a situação será resolvida. A gente também estava muito preocupado com o risco da dengue, já que é muita água parada nessa piscina. Mas me disseram que pelo menos cloro estão jogando. Agora resta saber quando os alunos poderão utilizar o espaço novamente”, disse.
Débora Severo Maciel, moradora do Travessão, foi em março até o Ciase, com a expectativa de participar das aulas de hidroginástica. Ela foi orientada a primeiro passar por uma consulta médica e conseguir um atestado que permitisse a prática, o que é de praxe nesses casos.
A moradora conta que foi até o posto do bairro e marcou uma consulta, mas só tinha vaga para uma data alguns meses depois. Quando ela conseguiu, enfim, o atestado médico, se deparou com a piscina interditada e o cancelamento das aulas. “Fui levar o atestado, pensando que iria conseguir fazer as aulas, mas aí fui informada de que a piscina estava em manutenção por tempo indeterminado. Daqui a pouco vai terminar a validade do meu atestado médico e não vou conseguir fazer as aulas”, completou.
Marcos de Oliveira Dias, que é pai de uma aluna da unidade, disse que a situação trouxe frustração para as crianças. “Minha filha gostava muito das aulas de natação, mas ficou muito triste com essa situação. Ela todo dia pergunta se eu sei quando as aulas vão voltar, mas já não sei mais o que responder”, comentou.
Segundo informou o diretor do Ciase, Rubens de Castro, a demora no conserto das válvulas da piscina se deu devido à dificuldade de se encontrar e contratar, através de licitação, uma empresa especializada.
De acordo com informações da assessoria de imprensa, a piscina do Ciase é a única Olímpica existente na região. A empresa CRM, que foi contratada recentemente, já fez a retirada da válvula quebrada para consertá-la. “O equipamento será instalado no sábado, dia 31. Após a instalação da válvula será necessária a limpeza da água da piscina, que deverá levar de uma semana a dez dias”, diz a nota. Segundo Rubens de Castro, a previsão é de que as aulas devam ser retomadas a partir do dia 15 de novembro. O diretor ainda confirmou que além dos 300 alunos, cerca de 80 adultos também fazem uso da piscina instalada no local.
