Nenhuma cidade do litoral registrou casos suspeitos ou confirmados de Febre Amarela; prefeituras intensificam trabalhos de orientação e bloqueio de mosquitos
Por Gustavo Nascimento, de São Sebastião
Com registro de pelo menos 60 cidades brasileiras que mantêm pacientes com suspeita de infecção por febre amarela, os municípios do Litoral Norte oferecem a vacina contra a doença nos postos de saúde. No entanto, não é momento de pânico e nem de imunização em massa da população. A vacina é destinada às pessoas que forem viajar às localidades que já relataram casos.
Até o momento, foram confirmados 70 casos da doença em todo o país, com 40 mortes. As notificações ocorrem em 20 cidades do estado de Minas Gerais e registros também no Espírito Santo, Bahia e São Paulo.
As quatro prefeituras do Litoral Norte orientam a população que viaja para regiões onde há circulação do vírus da Febre Amarela para tomar a vacina específica. A imunização deve ocorrer pelo menos 10 dias antes da viagem.
Em Ubatuba, a Vigilância Epidemiológica distribuiu cartazes pela rodoviária localizada na rua Thomaz Galhardo, por onde chegam e partem ônibus para Ladainha (MG). Segundo a prefeitura, três agentes de controle de endemias da Vigilância estarão presentes no local orientando os viajantes durante o horário comercial.
Já Ilhabela reforça que a utilização da vacina contra a doença é uma das formas de prevenção em áreas epidêmicas. Sem casos registrados na cidade, mas para garantir a prevenção, a equipe de controle de vetores realiza ações de casa em casa, bloqueio e, em casos específicos, nebulização.
No arquipélago, pessoas que forem viajar para cidades afetadas pelo vírus devem procurar as unidades do Itaquanduba, Barra Velha ou Costa Sul.
Em São Sebastião, a Divisão de Vigilância Epidemiológica e as unidades de saúde do município estão alertas, visando à detecção precoce de eventual circulação do vírus e a quadros clínicos compatíveis com febre amarela de modo a garantir diagnóstico breve e atendimento adequado.
Em nota, a prefeitura pede que a população não sobrecarregue as unidades de vacinação para facilitar o acesso de pessoas que possuem a real indicação para receber a vacina.
Caraguatatuba colocou todas as Unidades Básicas de Saúde à disposição de pessoas que pretendem viajar para Estados endêmicos. A prefeitura elaborou um cronograma de vacinação dentro da rotina dos postinhos.
Às segundas, os moradores podem se dirigir às UBS Jaraguazinho e Getuba. Nas terças no Morro do Algodão e Casa Branca. Às quartas nas UBS Perequê-Mirim e Massaguaçu. Nas quintas é a vez da UBS Tinga. E, na sexta-feira, na UBS Porto Novo e no Centro de Especialidades Médicas, Odontológicas e de Reabilitação (CEM/CEO).
Febre Amarela – É uma doença infecciosa causada pelo vírus amarílico, que ataca o fígado e outros órgãos, podendo levar à morte. Os sintomas são parecidos com o da dengue, com febre alta e dores pelo corpo. Uma pessoa não transmite a febre amarela diretamente para outra.
A transmissão só ocorre quando um mosquito pica uma pessoa infectada e depois pica um indivíduo que nunca teve a doença e ainda não tenha sido vacinado. Os mosquitos transmissores são Aedes aegypti (febre amarela urbana) e Haemagogus e Sabethes (febre amarela silvestre).
A vacina – A idade mínima para vacinação é de 9 meses de idade. O esquema vacinal consiste em uma dose e um reforço único após 10 anos.
Casos quando o médico precisa ser consultado antes da vacina: pessoas idosas; imunodeprimidas, ou seja, que estão em tratamento com quimioterapia; grávidas ou mulheres que estejam amamentando.
Contra indicações:
– Crianças menores de seis meses;
– Portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida e câncer;
– Pacientes que apresentem baixa imunidade (deficiência no sistema de defesa do organismo)
