No próximo dia 13 de novembro, Ricardo Cardim lança a segunda edição de Remanescentes da Mata Atlântica: as grandes árvores da floresta original e seus vestígios. Com mais de 400 páginas e cerca de 200 novas imagens captadas pelo fotógrafo Cássio Vasconcelos, o livro se destaca como um registro marcante da Mata Atlântica e já é o mais vendido em sua pré-venda. A obra, com capa ilustrada pela majestosa figueira brava (Ficus enormis) de Ilhabela, é um convite para conhecer as árvores monumentais do litoral norte de São Paulo, símbolo de resistência e beleza natural. O evento de lançamento, esperado como um dos mais glamorosos do ano, celebra também o início de um projeto inédito: o Museu da Mata Atlântica.
Para muitos, a Mata Atlântica é uma realidade distante, apesar de ser um dos biomas mais importantes e ameaçados do Brasil. No litoral norte de São Paulo, onde ainda persistem algumas das árvores mais antigas e imponentes, os fragmentos preservados ganham destaque no livro de Cardim. Com essa nova edição, o botânico e paisagista busca resgatar a história da floresta e homenagear essas árvores emblemáticas, incluindo aquelas da região, que contam a história do bioma e revelam sua vulnerabilidade diante das mudanças.
“Cada uma dessas árvores é um pedaço da história da floresta e reflete o impacto humano e ambiental que esse bioma vem sofrendo,” afirma Cardim. “Essas grandes árvores, como a figueira brava de Ilhabela, são testemunhas vivas da transformação da região e guardiãs de uma biodiversidade única que precisa ser preservada.”
Destaques das Árvores do Litoral Norte de São Paulo
O litoral norte abriga exemplares que são verdadeiros ícones da floresta original. Um dos destaques é a figueira brava de Ilhabela (Ficus enormis), que estampa a capa do livro. Com séculos de existência, essa árvore majestosa representa a vitalidade e a imponência da Mata Atlântica como era antigamente. Outro gigante é o jequitibá (Cariniana estrellensis) do Parque Estadual da Serra do Mar, em Caraguatatuba, um marco na paisagem do parque e um símbolo de resistência diante das mudanças ambientais.
Em São Sebastião, o jequitibá-rosa (Cariniana legalis) da Praia de Maresias enfrenta uma situação delicada: uma estrada passa sobre suas raízes, o que representa um risco iminente para sua sobrevivência. Já em Camburi, destaca-se a sapopemba (Sloanea guianensis) da Casa Bacadirá, uma árvore de mais de 400 anos que pode ser a maior já encontrada em área urbana em São Sebastião, e provavelmente, a maior do litoral norte de São Paulo. Com sua copa extensa e tronco monumental, essa sapopemba é um verdadeiro monumento natural e uma das maiores expressões da biodiversidade local.
O Projeto do Museu da Mata Atlântica: Preservação e Educação
Ao lançar Remanescentes da Mata Atlântica, Cardim revela também o seu próximo projeto: o Museu da Mata Atlântica, previsto para ser inaugurado na Avenida Paulista, em São Paulo, em 2025. O espaço promete ser o primeiro dedicado exclusivamente ao bioma, com um acervo que inclui espécimes, imagens e registros acumulados ao longo da carreira de Cardim. A intenção é transformar o museu em um centro de preservação e educação ambiental, onde a Mata Atlântica possa ser estudada e admirada por visitantes de todas as idades.
“O museu será uma extensão desse trabalho de campo que realizamos e terá a missão de educar e preservar o que resta da floresta,” explica Cardim. Ele acredita que o espaço será essencial para aproximar o público da realidade e da importância da Mata Atlântica e de árvores icônicas como as do litoral norte de São Paulo, que são verdadeiras joias da biodiversidade brasileira.
Uma Obra para Conscientizar e Preservar
Com sua segunda edição ampliada, Remanescentes da Mata Atlântica não é apenas um livro; é uma peça de resistência contra o esquecimento. Em suas páginas, o leitor é conduzido a uma viagem pelas árvores monumentais da floresta original e as questões ambientais que envolvem sua preservação. “Esse livro é uma celebração dessas árvores que me encantaram desde a infância e que carregam memórias da floresta que um dia cobriu grande parte do nosso território,” reflete Cardim. Ele espera que a obra inspire o leitor a compreender e preservar a Mata Atlântica, especialmente no litoral norte, onde as árvores monumentais ainda resistem como testemunhas de um ecossistema único e ameaçado.
Sobre o Lançamento
O lançamento de Remanescentes da Mata Atlântica acontece em 13 de novembro, às 19h, na Livraria da Travessa, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Com uma repercussão expressiva já na pré-venda, o evento promete reunir pesquisadores, ambientalistas e amantes da natureza para celebrar um marco na preservação do bioma.
Serviço:
Lançamento do livro: Remanescentes da Mata Atlântica: as grandes árvores da floresta original e seus vestígios – 2ª edição ampliada
Data: 13 de novembro
Horário: 19h
Local: Livraria da Travessa, Shopping Iguatemi, São Paulo
Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano, São Paulo – SP
Preço do livro: Consulte nas principais livrarias e plataformas online
Pré-venda: Disponível online
https://www.amazon.com.br/Remanescentes-Mata-Atl%C3%A2ntica-floresta-vest%C3%ADgios/dp/6560920283
Por Poio Estavski