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Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba continua sem Diretor Cultural

Tamoios News
Foto: Fundart

A Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (FundArt) continua sem Diretor Cultural. A prefeitura de Ubatuba e a própria FundArt ainda não se manifestaram sobre a rápida contratação e exoneração de Alessandro de Oliveira Peixoto, conhecido como “Quequé” Peixoto. Ele ficou apenas um dia no cargo de Diretor Cultural, tendo sido contratado no dia 22 de junho e exonerado no dia seguinte, 23.

No dia 30 de junho, Quequé publicou um vídeo no qual afirma ter sido vítima de assédio moral. Ele conta que “politiqueiros da cidade” teriam vasculhado suas redes sociais e descoberto que ele é contra o presidente Bolsonaro. Segundo Quequé, por esse motivo, eles teriam exigido da prefeita Flávia Pascoal e do presidente da FundArt, Gadhadara Pandita Gonzalez, a sua exoneração. De acordo com Quequé, entre os que pediram sua exoneração estariam o marido da prefeita e o vereador Júnior Jr.

O portal Tamoios News questionou o vereador Júnior, que disse o seguinte: “Nem conheço esse cidadão, não toquei o sobrenome dele, mas soube em si do fato, porque ele se tornou um fato evidente, todo mundo da cidade comentou. E aí eu posso externar minha opinião perante ao que eu vi. Não antes dele entrar, ou depois que foi colocado, nem sabia, nem conheço esse cidadão. Primeiro eu gostaria de dizer que eu acho que no município de Ubatuba nós temos profissionais tão bons ou até melhor do que ele. Pelos trabalhos que eu vi ele realizar em Paraty, acho importante sim, bacana, bom, mas acho que nós temos profissionais aqui em Ubatuba que condiz com aquilo que ele faz. Eu acho que nós não podemos deixar de falar isso, a gente às vezes busca muito fora e acho que nós temos profissionais muito bons, principalmente voltados para a área da cultura, diretamente voltados a grupos tradicionais, a nossa cultura caiçara, e que é de Ubatuba. Acho que nós temos que valorizar isso. Segundo que o que eu vi das postagens dele, é extremamente ofensiva e agressiva. Eu não estou aqui para falar que sou a favor de A ou a favor de B, eu não sou extremista nem de direita muito menos de esquerda, mas eu acho que toda postagem que você afirma, chama alguém de genocida, e que tem que matar, tal, é um extremismo desnecessário e que nós temos que banir, literalmente banir da nossa política. Eu acho que tem sempre que haver o respeito à democracia. Esse é o meu posicionamento pós postagem, antes eu não sabia, mas também se soubesse essa seria a minha opinião”.

Ofício dos conselheiros

No dia 1º de julho, 10 membros do Conselho Deliberativo da FundArt enviaram um ofício ao presidente da fundação, no qual questionam, entre outras coisas, sobre o caso de Quequé Peixoto.

“Solicitamos que sejam esclarecidas as circunstâncias da contratação e quase imediata exoneração do Sr. Alessandro Peixoto para o cargo de Diretor Cultural. Especificamente, gostaríamos de saber: Como e por quem se deu a indicação do Sr. Peixoto para o cargo; Foram suas qualificações consideradas idôneas para o cargo? Quais as razões para sua exoneração, 24 horas após sua nomeação? Considerando a extrema importância desse cargo na condução das atividades da Fundart, a diretoria está buscando uma pessoa para esse cargo? Quais são as qualificações e perfil que se busca?”, questionam os conselheiros, que até o momento não obtiveram resposta.

O portal Tamoios News questionou a prefeita Flávia Pascoal, a comunicação da prefeitura e a FundArt, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.