A prefeita de Ilhabela, Gracinha, cancelou um contrato feito pelo ex-prefeito Márcio Tenório, no valor de R$ 4,6 milhões.
Tenório assinou o contrato em abril com uma empresa do Paraná para desenvolver um projeto de Realidade Virtual na rede municipal de ensino da ilha.
O investimento recebeu críticas da Câmara, da OAB de Ilhabela e da presidente do Conselho Municipal de Educação, Sabrina da Silva Rodrigues.

A presidente do Conselho Municipal de Educação, Sabrina da Silva Rodrigues. foi contra a contratação
A OAB de Ilhabela havia protocolado na prefeitura, em abril, pedido para que a licitação fosse impugnada por não atender o interesse público municipal.
A entidade mostrou ainda, na ocasião, que a empresa vencedora da licitação tinha sido constituída no mês da abertura do processo licitatório e com um capital de apenas R$ 95 mil reais.
Os vereadores Marquinho Guti, presidente da Câmara e Anísio Oliveira, foram até Curitiba, no Paraná, checar a situação da empresa.

Os vereadores Marquinho Guti, presidente da Câmara e Anísio Oliveira, foram até Curitiba
Lá, encontraram uma casa simples, sem identificação, levantando suspeitas de que licitação pudesse ter sido direcionada.
Guti e Anísio Oliveira tiveram dificuldades em saber quem teria solicitado a compra dos equipamentos pela Educação, mais tarde, a atual secretária Ana Paula, informou que teria sido a ex-secretária Yeda Lopes, a responsável pela indicação da empresa, vencedora da licitação.
Guti reclamou que não conseguiu ver os equipamentos e que a empresa, que ficou em segundo lugar, na licitação feita pela prefeitura, funcionava em uma marcenaria, na cidade de São José dos Campos, ou seja, tudo estava muito estranho.
Prefeitura
A prefeitura confirmou o cancelamento do contrato com a empresa de Realidade Virtual. E, também, um outro contrato, no valor de R$ 1 milhão, para compra de leite em pó.
Em nota, a prefeitura informou que com relação a compra de equipamentos de realidade virtual, a prefeita, Maria das Graças Ferreira, a Gracinha, suspendeu o processo, porque considerar o momento inoportuno e que há prioridades muito mais relevantes.
O presidente da Câmara, Marquinhos Guti, confirmou o cancelamento do contrato. O vereador Anísio Oliveira comemorou o cancelamento, segundo ele, de uma licitação muito duvidosa feita pelo ex-prefeito.