Você sabia que, desde 2018, já foram coletadas mais de 2 milhões de bitucas de cigarro em Ilhabela? E isso é só parte do projeto “Ilhabela Sem Bitucas”, que busca conscientizar a população sobre o descarte correto das bitucas.
Na manhã da última quarta-feira (27/10), o secretário de Meio Ambiente de Ilhabela, Xico Graziano e representantes da Poiato Recicla, deram mais um passo para o programa e fizeram a instalação do primeiro Ponto de Entrega Voluntária de Bitucas (PEV) do Brasil.
O PEV foi instalado na sede do Aterro Municipal, localizado na Água Branca e será o primeiro ponto para que os fumantes residentes em Ilhabela possam levar suas bitucas e fazer o descarte correto. Ao levar as bitucas para o PEV, o munícipe ganhará um brinde ambiental, como recompensa. Futuramente, serão instalados novos PEV”s na cidade.
Semana Lixo Zero
A ação da última quarta-feira (27/10) integrou a programação da Semana Municipal do Lixo Zero, que é realizada neste mês de Outubro, instituída oficialmente no calendário ambiental por meio da lei 1308/2018, no objetivo de incentivar o consumo consciente, a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos, bem como diversas ações sobre o tema.
Como parte da programação, no dia 22 de outubro, os colaboradores do Aterro Municipal participaram de uma palestra com a Tatiana Araújo, da Flow Sustentável – parceira da Poiato Recicla, sobre o Lixo Zero e reciclagem de bitucas na cidade.
Programa “Ilhabela Sem Bitucas”
O programa “Ilhabela Sem Bitucas”, que conta com apoio da Prefeitura de Ilhabela e tem parcerias das empresas Poiato Recicla e Flow Sustentável, existe em Ilhabela desde 2018 e conta com 141 pontos de coletas de bitucas. As caixas coletoras e totem com cinzeiros de bambu estão localizados nas praias, pontos de ônibus, Prefeitura, unidades básicas de saúde, hospital municipal e principais pontos turísticos da cidade.
Mensalmente a empresa Poiato Recicla realiza a coleta de bitucas e encaminha para a sua usina de reciclagem, localizada em Votorantim. Neste local as bitucas recebem um tratamento, baseado numa tecnologia desenvolvida pela UnB, para retirar todas as substâncias tóxicas.
O resultado desse processo é uma massa celulósica, sem nenhuma toxicidade, usada para fazer papel artesanal. Esta massa é entregue para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ilhabela (APAE) e aos artesãos locais, que produzem materiais, gerando mais renda.
De acordo com dados da Poiato, desde 2018 já foram coletadas mais de 2 milhões de bitucas de cigarro em Ilhabela, o que deixou de contaminar mais de 1 milhão de litros de água, pois a cada 2 bitucas em 1 litro de água, equivale a 1 litro de esgoto.