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Ilhabela se destaca na exportação de Petróleo

Tamoios News
Fotos: Divulgação

Arquipélago teve saldo positivo de U$$ 1,5 milhão de dólares enquanto São Sebastião ficou negativo em U$$ 760 milhões

Um levantamento do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços aponta que a cidade de Ilhabela teve um saldo positivo em exportação de U$$ 1,5 milhões de dólares durante o ano de 2016.

Este número, bastante positivo para a cidade, deve-se ao fato de o arquipélago estar próximo a produção de petróleo do campo de Sapinhoá, o que faz toda a diferença a favor do município que se destaca não só perante a vizinha São Sebastião, que no mesmo período teve saldo negativo de U$$ 760 milhões, como em relação a outras cidades do Brasil.

O campo de Sapinhoá é um dos maiores campos de petróleo do Brasil, com volume recuperável total estimado em 2,1 bilhões de barris de óleo, equivalente e entrou em produção comercial quatro anos e meio após a sua descoberta, ocorrida em julho de 2008.

Segundo o ex-prefeito e especialista em petróleo e royalties, Luizinho Faria, a tendência de Ilhabela é subir mais neste ranking. “Ilhabela é o único município enquadrado com produtor e parte da produção é destinada à exportação. Com o campo batendo recorde, a tendência é subir mais no ranking”, explicou.

Em relação aos números de São Sebastião, Faria avalia que o desempenho da cidade é bom. “Em São Sebastião precisamos vibrar muito com o desempenho da Docas para exportação. Uma vez que o terminal petrolífero só recebe e o que exporta é pouquíssimo óleo cru e muito menos derivados”.

Futuro – O especialista acredita que estes números podem melhorar com a ampliação. “Existe um projeto de ampliação para que as exportações de etanol sejam feitas pelo terminal e isso sim poderá aumentar a posição de São Sebastião no ranking”.

O interessante é que, embora quando há exportação gera-se o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), uma lei federal aprovada há mais de 20 anos, chamada Lei Kandir, desonera o ICMS sobre produtos primários e semielaborados e concede a isenção desta arrecadação por parte dos municípios. “A maioria das exportações são beneficiadas pela lei Kandir. Ela isenta os produtos e os municípios não recebem nada, ou seja, nada que abale as receitas do município. Na prática, mesmo esta queda de exportação prejudica a economia do país muito mais do que os municípios” complementou Faria.

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