Moradores tiveram prejuízo de R$ 6 mil em cargas, além de todo o maquinário
Com o galpão interditado, cooperados não sabem quando poderão voltar ao trabalho
Por Ricardo Hiar
Um incêndio ocorrido na madrugada desta terça-feira (22), na sede da Cooperativa de Triagem de Sucata de São Sebastião, localizada na região central da cidade, destruiu boa parte da produção e equipamentos, gerando muito prejuízo aos trabalhadores que dependem dessa atividade como única fonte de renda. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio foi identificado por volta das 2h, quando equipes se deslocaram até o local para tentar conter as chamas. Os cooperados, no entanto, só souberam da situação quando chegaram por volta das 7h para trabalhar.
Conforme informações preliminares, não há evidências de ação criminosa ou intencional. Apesar disso, o incêndio começou porque alguém teria ateado fogo em alguns pneus que estavam no lado externo do galpão. Segundo os bombeiros, o vento deve ter contribuído para que faíscas atingissem o material no lado interno da cooperativa, que é de fácil combustão.
“A situação agora é bem difícil e tivemos um prejuízo muito grande. Perdemos uns R$ 6 mil com a carga que já estava pronta para entrega e queimou toda. Ainda perdemos os equipamentos de proteção, maquinário como a prensa e a empilhadeira”, disse Maria Luciana Costa de Souza, que trabalho no local há 16 anos.
Maria afirma que o grupo sairá em busca de algum local provisório, para poder conseguir trabalhar e tirar algum dinheiro até o final do mês. “Vamos ver se temos um espaço para jogar o material e garantir o leite no final do mês. Dependemos dessas vendas para receber salário”, afirmou.
Quem também lamentou as perdas foi outra cooperada, Jucélia Pereira, que juntamente com os demais colegas está preocupada por não poder trabalhar a partir de agora. A instalação elétrica, por exemplo, foi toda comprometida pelo fogo e sem ela, o grupo não pode desenvolver as atividades. Como o pagamento do mês depende da produção total feita pelos trabalhadores no local, ela não sabe ainda como será na hora de receber e como vai manter a família este mês. “Todos os documentos da cooperativa queimaram. Nosso micro-ondas e a geladeira também. Até a balança que a gente nem tinha instalado ainda se perdeu com o fogo. Não sabemos ainda o que fazer”, comentou Jucélia.
Ela lembra que outro incêndio já ocorreu na sede da cooperativa há alguns anos, mas que o prejuízo não se compara, pois na ocasião os equipamentos não foram atingidos, como desta vez.
Com as atividades da cooperativa, 18 trabalhadores conseguem ter uma renda mensal que varia entre R$ 800 e 900. A Prefeitura de São Sebastião apoia o grupo mantendo o pagamento do aluguel do galpão e as contas de água e luz. A Ecopav, empresa responsável pela coleta na cidade, recolhe o material e destina os recicláveis ao grupo de cooperados. Conforme a prefeitura, devido aos estragos, a sede da Cooperativa de Triagem de Sucata de São Sebastião está interditada por tempo indeterminado. Ela passará por uma vitória técnica para avaliação da estrutura, que pode ser condenada.
A princípio a administração está em busca de um novo galpão para a transferência da cooperativa, de modo a permitir a manutenção da atividade dos trabalhadores.
