Entrevista exibida por uma rádio local com o coordenador municipal de Defesa Civil de Caraguá trouxe medo a parte da população, preocupada com uma nova catástrofe
Por Ricardo Hiar, de Caraguatatuba
Quase cinquenta anos após uma catástrofe natural ter destruído parte de Caraguatatuba e deixado centenas de vítimas, uma notícia equivocada veiculada nesta quarta-feira (14), também trouxe medo e preocupação para muitas pessoas: a possibilidade de um novo desastre natural atingir a região. A informação, no entanto, foi desmentida pelo Estado.
Segundo uma entrevista concedida a uma rádio local por Oduvaldo Romano, mais conhecido como capitão Romano, coordenador municipal da Defesa Civil, alertas emitidos pelo Estado e também o Governo Federal, davam conta de que a região poderia ser atingida por vários problemas provenientes de fenômenos naturais.
Ele chegou a afirmar que foi comunicado que haveria ressacas em Caraguatatuba, em níveis muito superiores a todas das já registradas anteriormente. Além disso, ele fez um comparativo dizendo que especialistas disseram que de tempos em tempos poderiam ocorrer catástrofes na cidade.
“Eu já fiquei preocupada. O tempo está meio fechado e com vento. Quando recebi a informação, fiquei apavorada, já pensei que teria um tsunami em Caraguá e comecei a pensar onde poderia me refugiar se acontecesse”, comentou a dona de casa Marta Oliveira Sá, 42.
O mesmo aconteceu com Everton Ressureição, 37, que ficou sabendo do episódio pelo celular e, além de se preocupar, replicou rapidamente para seus familiares. “Quis correr para avisar todo mundo. Não dá nem pra pensar no que fazer numa situação como essa”, completou.
Apesar disso, toda essa situação não passou de uma má interpretação. Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, não há qualquer previsão de desastres naturais para o litoral, foi encaminhado para as cidades apenas um pedido para criação de um plano de ação para situações onde ocorressem tais situações adversas, o que não significa, necessariamente, que ocorrerão algum dia.
Todos os municípios litorâneos já precisam fazer um planejamento similar para os casos de enchentes. “Foi um equívoco do coordenador municipal. Nós já adotamos anualmente o plano preventivo para os casos de chuvas e deslizamentos, que vai de 3 de dezembro até 31 de março, e esse ano fizemos também esse sobre ressacas”, contou Rinaldo de Araújo Monteiro, o capitão Monteiro.
Próximos dias
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informou que os ventos soprando do quadrante sul aumentam a nebulosidade sobre a faixa leste e causam chuvas fracas de forma intermitente/recorrente, porém sem acumulados elevados. A partir de amanhã, o mar fica um pouco agitado, entre a Baixada Santista e o Rio de Janeiro. As ondas devem ficar entre dois e três metros altura, com risco moderado de ressaca nos períodos de maré alta.
Ótima matéria! Esclarecedora e objetiva!
Parabéns.
Ótima matéria! Esclarecedora e objetiva!
Parabéns.
Agradeço o esclarecimento. Em questão de um plano B , realmente é necessário.
Esse capitao Romano é um fanfarrão…nao tem conhecimento nenhum sobre tal assunto..e pra completar mostrou que não é capaz nem de transmitir a mensagem correta aos moradores do litoral….