Ilhabela

Instituições detalham propostas para destino do navio Prof. W. Besnard

Tamoios News

População poderá consultar os projetos completos na internet e opinar em audiência pública que será realizada em agosto

Por Gustavo Nascimento, de Ilhabela

Naufrágio ou espaço cultural marítimo? Estas são as alternativas que a população tem em mãos para definir o destino do navio Prof. W. Besnard em Ilhabela. Duas instituições apresentaram projetos para uso da embarcação. E a comunidade do arquipélago, além de ter acesso aos documentos, poderá opinar sobre o assunto em uma audiência pública agendada para o mês de agosto.

A reportagem do Tamoios News conferiu os documentos apresentados pela FDTE – Fundação para Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, que defende o naufrágio da embarcação, e do Instituto do Mar, que apresentou projeto para transformar o navio em museu. As propostas estão disponíveis publicamente no site da prefeitura.

A FDTE é uma fundação de direito privado, independente e sem fins lucrativos criada para apoio às atividades e projetos desenvolvidos para o mercado com tecnologia oriunda da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A instituição leva em consideração que a atividade de mergulho recreativo no Estado de São Paulo vem diminuindo nos últimos anos devido à redução de locais atrativos e à saturação dos pontos de mergulho existentes.

“A criação de novos atrativos para o mergulho representa hoje a melhor estratégia para otimizar o potencial turístico de Ilhabela, melhorar o comércio e gerar empregos e renda no município”, diz o documento.

O naufrágio da embarcação compreende a região costeira ao norte da Ilha, próximo à praia da Serraria. Os custos referentes ao diagnóstico ambiental, acompanhamento e despesas na primeira etapa chegam a R$ 386 mil, segundo a instituição.

Já o outro projeto pretende implantar o Espaço Cultural Marítimo de visitação contínua e integrado a uma Marina Pública. O Instituto do Mar, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, defende manter emerso o Navio Oceanográfico Prof. W.Besnard, por “representar um grande patrimônio histórico cultural marítimo”.

De acordo com o instituto, o objetivo principal é assumir a responsabilidade sobre o Navio Oceanográfico e transformá-lo um “museu vivo”. Pela proposta, a embarcação ficará atracada em espaço público e, após sua revitalização pelo Instituto do Mar, será aberto à visitação pública, com diversas atividades gratuitas, ligadas a preservação da história do navio e ações de conscientização sobre a preservação do meio ambiente marítimo.

“A integração a uma Marina Pública, atrairá um novo público, aderente ao turismo náutico, que atualmente não tem acesso a este tipo de equipamento, para as modalidades náuticas de esporte, lazer e turismo”, destaca um trecho do documento.

A entidade não apresenta os custos totais ou parciais para implantação do museu, mas afirma que está se preparado para as despesas. Diz, ainda, que “tem plena consciência da necessidade de reformas internas e externas ao navio, para que ele se adeque aos propósitos do projeto, porém para que seja feito um orçamento detalhado, é necessária uma inspeção minuciosa no navio e suas dependências”.

Audiência – Está agendada para o dia 10 de agosto, às 18h, a audiência pública para explanação das propostas recebidas pela Prefeitura de Ilhabela. O encontro será realizado na sede da Câmara Municipal.

A consulta aos documentos poderá ser realizada na sede da Secretaria de Meio Ambiente, na Câmara Municipal, no site da Prefeitura e na Biblioteca Municipal Nilce Signorini.

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