Meio Ambiente

Instituto Argonauta realiza soltura de pinguins reabilitados na temporada 2015

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A soltura aconteceu após a reabilitação dos pinguins

11 pinguins da espécie Spheniscus magellanicus, conhecidos como Pinguins-de-Magalhães, foram devolvidos à natureza

De junho a agosto de 2015 o Instituto recebeu 147 pinguins-de-Magalhães. Após meses de trabalho e dedicação da equipe do Instituto Argonauta, 11 dos animais apresentaram fatores clínicos e biológicos que identificaram que estavam aptos à soltura.

Grande parte dos animais chegaram bastante debilitados, sendo que, em muitos dos animais que vieram a óbito, foi observado um severo processo de inanição, grande infestação parasitária e evidencias da ação do homem, como: sacos plásticos, isopor e canudos no conteúdo estomacal.

Com o apoio da Marinha do Brasil, a equipe foi levada ao rebocador Guillobel, apoitado na praia de Barequeçaba, em São Sebastião, rumo à Corrente do Brasil à 206km da costa (que vai em direção ao Sul), onde soltou os pinguins, na expectativa que cheguem à Patagônia Argentina, local da colônia destes animais. A localização exata desta corrente, Longitude 44º38’W, Latitude 25º03’S, foi informada pelo INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, outro parceiro do Instituto Argonauta.

A operação teve início às 6h00 da manhã do dia 12 de novembro e foi concluída na manhã de sábado 14 de novembro onde os técnicos desembarcaram no porto de Santos, com resultados positivos, já que tudo correu dentro do previsto e todos chegaram ao objetivo que era a Corrente do Brasil que estava na isóbata de 1000 metros.

Assim como outros animais marinhos os Pinguins-de-magalhães, são presas e predadores, e tem sua importante participação no equilíbrio do bioma. A diminuição de sua espécie pode impactar o meio ambiente. O trabalho de reabilitação realizado pelo Instituto Argonauta é uma ferramenta para estudos que abordam este tema. Desde 2006 (confirmar data e inserir dados) o Instituto vem realizando a captura, reabilitação e soltura destes animais. Este trabalho gera informação para banco de dados que são utilizados em estudos e pesquisa.

A importância do trabalho de reabilitação

Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, Presidente do Instituto, “resgatar estas aves da praia e fazer sua reabilitação significa poder dar uma segunda chance a estes animais e realizar um estudo mais detalhado sobre a espécie. Durante a reabilitação, podemos estudar as condições de saúde, e também, relacionar dados biológicos e oceanográficos que possam contribuir para a conservação desta espécie que já sofre com as ações humanas que vão desde ameaças como a sobrepesca, que retira seu alimento do mar à poluição, como por exemplo, o lixo encontrado em seus estômagos”.

De acordo com a bióloga Carla Beatriz Barbosa, Diretora Executiva do Instituto, desde 2007 existe um protocolo de reabilitação e soltura de pinguins-de-Magalhães que foi elaborado por um grupo de técnicos, pesquisadores de diferentes instituições, como o Aquário de Ubatuba e o Instituto Argonauta, juntamente com o IBAMA, para que exista uma metodologia padrão a ser adotada na costa do estado de São Paulo. Obedecendo ao protocolo de reabilitação para estes animais e ao protocolo sanitário de soltura, os pinguins-de-Magalhães sempre serão soltos na mesma região onde foram encontrados, anilhados corretamente, para possível monitoramento.

Para os animais que não estiverem aptos a esta soltura, o destino será aguardar sua reabilitação completa realizando a soltura em outra data. Em última hipótese, para os que não estiverem aptos, disponibilizaremos para outras instituições como Zoológicos e Aquários, que possuem recintos adequados, de acordo com a legislação e com a aprovação do IBAMA e da Secretaria Estadual do Maio Ambiente. Assim, em boas condições de cativeiro, os pesquisadores podem estudar aspectos de sua biologia, comportamento e fisiologia realizando pesquisas, além de serem ferramentas importantes à educação ambiental.

Sobre o Instituto Argonauta

O Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha é uma organização não governamental sem fins lucrativos, fundada em julho de 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba. Foi criado para incentivar a obtenção de recursos para projetos de pesquisa voltados à preservação do oceano. Tem como objetivo, o desenvolvimento e o apoio à cultura e educação com ações de conservação ambiental, defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente. Sediado em Ubatuba, atua em parceria estabelecida através de Convênio com o Aquário de Ubatuba

Fonte: Assessora de Comunicação Instituto Argonauta

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