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Cão, na garupa de uma bike, participa de um tour pela América do Sul  

Tamoios News

Um casal, formado por um equatoriano e uma argentina, já percorreu de bike seis países, levando na “garupa” uma cachorra da raça labrador, de um ano e sete meses de idade

Por Salim Burihan

O casal, formado pelo equatoriano Rodrigo Castanho, de 33 anos e sua companheira, a argentina Achalen Crespo, de 28 anos, está há um ano e meio viajando de bike pela América do Sul.

A dupla já percorreu seis países, Equador, Peru, Bolívia, Uruguai, Argentina e agora, o Brasil. A aventura deve ser concluída na Jamaica.

Começaram a viagem pelo Brasil, no Rio Grande do Sul, sempre percorrendo as cidades a beira mar. Recentemente, a dupla passou por Caraguá e São Sebastião.

O detalhe interessante dessa aventura é que além do casal, uma labradora, chamada Luna, de um ano e sete meses, também pegou “carona” nessa viagem.

 

Rodrigo, que é relações públicas, soldador profissional e cantor de reggae, disse que, Luna foi adotada no Equador, em Quayaquil, com dois meses de idade e, desde então, acompanha o casal na viagem.

Luna viaja na garupa de Achelen, que é saxofinista, com total segurança. Segundo Achelen, a cachorra tem curtido a aventura, sem problemas.

“A Luna, em nenhum momento, passou por dificuldades nesse tempo todo que estamos na estrada. Ela permanece quietinha, no bagageiro, e até aprecia o percurso”, contou Achalen.

Segundo Rodrigo, no sol forte ou na chuva, a cachorra é sempre bem protegida para evitar que sofra qualquer tipo de problema. E, também, é alimentada em todas as paradas feitas.

Luna ajuda, inclusive, a garantir a segurança do casal de ciclistas. Quando o casal para dormir nos postos da polícia rodoviária ou postos de combustíveis, Luna fica de guarda.

Conforme pesquisa feita na internet, labradores suportam muito bem temperaturas altas e baixas e não costumam ter problemas com calor ou frio. E, são cães que adoram passear.

O casal pedala durante o dia. A noite, interrompem a viagem para evitar riscos de acidentes nas rodovias. Neste período, eles param para descansar e dormir.

Os dois utilizam bikes antigas, ele uma bicicleta fabricada em 1985 e ela, uma de 1990, para evitarem a possibilidade de furtos e roubos.

Segundo eles, apenas 30% dos motoristas, hoje em dia, não respeitam muito os ciclistas nas rodovias.

Cada um deles, leva em média 40 quilos em cada bike. São roupas, instrumento musical e comida. Nas cidades por andam passam, tentar conseguir dinheiro, se apresentado em bares e praças públicas.

Rodrigo é cantor de reggae e Achelen é saxofinista. Segundo Rodrigo, se tivesse de escolher uma trilha sonora para a aventura do casal, ela seria a música Natural Mystic, de Bob Marley.

Dicas

A veterinária Luisa Hofacker disse que é importante os animais, que passam por essa experiência, viagens longas e duradouras, principalmente, de bike, sejam devidamente vacinados e sempre hidratados ao longo do percurso.

Quanto a alimentação, o cão deve manter o que já consome mesmo, não há nada a suplementar, pois ele não irá fazer uma atividade física que o faça gastar mais energia ou algo assim.

“O importante é manter sempre hidratado, e que ele consiga fazer suas necessidades durante o percurso. Antes da viagem também é importante um treinamento com pequenas distâncias pra ele ir se acostumando com a rotina”, disse ela.

Sobre os diferentes países, Luisa recomenda que o animal deve passar por um veterinário antes para ver se está saudável para viajar, e o veterinário deve emitir um Guia de Transporte Animal, neste documento constará as vacinas (a de raiva é obrigatória para viagens nacionais e internacionais, pois se trata de uma zoonose, ou seja, uma doença transmissível entre animais e ser humano), vermifugo, remédios para pulga/carrapato e por fim o atestado de sanidade.

O documento, segundo ela, deve andar com o animal juntamente com a carteirinha de vacinação.

“Sobre sol, assim como nós, seres humanos, os animais também devem ter os mesmos cuidados, não tomar o sol mais forte entre 10 e 16 horas, pois podem desenvolver feridas na pele, insolação. Quanto a chuva, também deve tomar cuidado pois doenças respiratórias também podem ser desenvolvidas”, recomendou.

Nas viagens internacionais, de carro, avião ou de bike, segundo Luisa, é importante ter o documento de guia de trânsito animal, que é válido aqui no Brasil. Para viagens internacionais, após a emissão da guia de trânsito animal,  o dono do animal deve solicitar no MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), o CVI (Certificado Veterinário Internacional).

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