Ivani Bispo utilizou as redes sociais para denunciar que sua filha, de nove anos, foi agredida no início do mês por outras quatro alunas, de 10 e 11 anos, na escola municipal Guiomar Aparecida da Conceição Sousa, localizada no bairro Boiçucanga, em São Sebastião.
A agressão, segundo Ivani, ocorreu no dia três de agosto, mas os pais só descobriram no dia seis, durante uma viagem ao interior, pois a menina só ficava de blusa de frio e disfarçava. “Um amigo nosso que viu o braço da minha filha e perguntou o que era, ela disse que se queimou”, conta. Foi quando a mãe pediu que a menina explicasse o que havia ocorrido e ela acabou contando aos pais.
A mãe da criança diz que decidiu expor o caso na internet após enviar mensagem ao Conselho Tutelar e não ser respondida, e por não ser a primeira vez que isso acontece. “No ano passado ela ficou com o rosto roxo, reclamei mas disseram que eu estava ficando doida, como faço tratamento oncológico e sofro de depressão”, relata, “e que eu ia sujar o nome da escola”, revela.
Após o ocorrido em 2021 Ivani registrou um pedido no cartório para tirar a filha da escola, porém prometeram que uma “tia” ia ficar de olho na criança no intervalo, e ela voltou. Mas este ano não aconteceu o mesmo.
Ivani conta que no dia do ocorrido, sua filha disse ter entrado para usar o banheiro e logo atrás foram as quatro meninas e fecharam a porta. Uma teria segurado os braços e outra as pernas. Com uma tesoura cortaram o cabelo dela, com um isqueiro queimaram o braço e ainda teriam feito um corte superficial na mão com estilete.

Foto: Acervo pessoal da família
“O caso só não foi pior porque alguém teria batido na porta e elas saíram”, informa Ivani. A menina contou aos pais que correu pro parquinho pra tentar esquecer e que não falou antes pois as garotas teriam ameaçado de fazer algo pior se revelasse para alguém.
A mãe acredita que a implicância das meninas começou depois que o pai deu um tênis novo pra filha, pois ela já havia comentado que a estavam chamando de princesinha metida.
Após descobrirem a agressão os pais levaram a criança em uma médica e registraram boletim de ocorrência na delegacia da cidade em que estavam e também em São Sebastião.
Nesta segunda-feira (15), a família foi ao IML realizar exame de corpo de delito, e à Delegacia de Ensino e ao Ministério Público de Caraguatatuba buscar ajuda, pois, segundo Ivani em São Sebastião estão tentando abafar o caso. A mãe pede que a escola ceda as imagens da câmera que mostra a entrada do banheiro, onde o caso teria ocorrido, o que poderia ajudar a comprovar a agressão.
Na próxima quarta-feira (17) Ivani revelou que a filha irá passar por uma psicóloga e que haverá uma reunião entre Conselho Tutelar, Secretaria de Educação e escola para tratarem do caso, e que ela vai acompanhar de perto pois quer justiça pra sua filha.
Segundo Ivani a menina não voltou mais para a escola. “Ela não quer sair pra rua, quer ficar mais dentro de casa, só está dormindo comigo e com meu marido e se debate à noite.”
Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de São Sebastião, porém, não houve resposta sobre o caso até o fechamento da reportagem.
Por Redação Tamoios News