Na manhã desta segunda-feira (18), um grupo de ex-funcionários do Hospital de Clínicas de São Sebastião, demitidos em novembro de 2020, se reuniram na praça do Coreto para articular a reivindicação dos direitos que eles afirmam que não foram devidamente cumpridos pela prefeitura até o momento.
Segundo Nelson Guedes, que há 9 anos trabalhava no Hospital e até o ano passado ocupava o cargo de analista de compras, os principais pontos são: o não pagamento da multa rescisória e os atrasos nos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“O ponto principal não é com relação às demissões, nossa briga hoje é porque não foi depositada nossa multa rescisória, que é um direito nosso, e o Fundo de Garantia que teria que ter sido depositado corretamente está tudo atrasado. Isso está gerando algumas complicações pra gente dar entrada até no nosso seguro desemprego, que muita gente não conseguiu”, desabafa.
A esposa de Nelson, Natália Guedes também foi demitida. Ela trabalhava há 12 anos no Hospital e até novembro de 2020 era coordenadora do Serviço de Arquivo Médico (Same). O casal, que agora está desempregado, tem duas filhas pequenas e paga aluguel.
O ex-funcionário do Hospital, Eliezer Landes também esteve na reunião na praça do Coreto hoje. Ele conta que trabalhava no Hospital desde 2011. O cargo que ocupava até o ano passado antes da demissão era de auxiliar administrativo. “A gente está tendo essa dor de cabeça. Não consegue dar entrada no seguro desemprego. O meu FGTS eles estão devendo 18 meses, foi descontado da minha folha, mas não foi repassado. E por isso também não consegui receber a multa rescisória”, relatou. Ele é pai de um menino de 1 ano e 6 meses.
A auxiliar de farmácia Vivian Cristina da Silva Dutra também participou da reunião na praça do Coreto nesta manhã, e disse que se encontra na mesma situação dos demais colegas, ou seja, foi demitida e até agora não conseguiu receber seus direitos.
As fontes ouvidas pelo portal Tamoios News desconfiam que as demissões tenham cunho político, uma vez que ocorreram logo após as eleições municipais de 2020 e que os cerca de 30 demitidos na ocasião não manifestaram apoio à reeleição do prefeito Felipe Augusto (PSDB) na época. Os trabalhadores lembram que o Hospital de Clínicas de São Sebastião encontra-se há anos sob intervenção da prefeitura.
A prefeitura de São Sebastião foi questionada, mas não se manifestou até o fechamento desta matéria.