O caraguatatubense André Manz, radicado há mais de 25 anos, em Portugal, é um dos melhores produtores de vinho do país. Manz foi tentar a sorte no futebol profissional em Portugal, sofreu uma lesão e decidiu investiu no segmento fitness. Foi morar numa região tranquila e lá descobriu que o lugar no passado produzia bons vinhos. Comprou uma vinícola para produzir vinhos artesanais para os amigos. Recuperou uma uva desacreditada e com ela passou a produzir vinhos premiados
Por Salim Burihan
Manz é dono da vinícola Manzwine, que fica na região de Cheleiros, a poucos menos de 40 minutos de Lisboa.
Ele produz alguns dos melhores e mais premiados vinhos de Portugal e é o único produtor de vinho a utilizar a uva Jampal, que já encontrava se quase extinta, mas foi recuperada por Manz.
Os vinhos Manz podem ser encontrados no Brasil e aqui no Litoral Norte.
André Manz nasceu em Caraguá. Na adolescência estudou por aqui. Foi um excelente goleiro. Jogou no E.C.Indaiá e no XV de Novembro, time mais tradicional da região.
Fez Educação Física em Taubaté. Lá, jogou profissionalmente pelo E.C. Taubaté. Há cerca de 25 anos decidiu tentar a carreira profissional em Portugal.
Lá, atuou no Ilha da Madeira. Uma lesão grave, obrigou Manz deixar o futebol. Permaneceu por lá. Iniciou carreira na área Fitness. Criou a empresa André Manz Produções Culturais e Artísticas.
Tornou-se um empresário bem sucedido no ramo, dono de uma empresa de eventos, uma escola de formação, uma editora e uma empresa de consultoria para academias, entre outras.Em 2004, decidiu mudar sua empresa de Lisboa para Cheleiros, que fica muito próxima de Lisboa. A ideia era fugir do grande centro e buscar uma vida mais tranquila.
A partir daí, acabou-se se transformando em produtor de vinho. Manz descobriu que a região onde morava, Cheleiros, no passado, foi uma das maiores e melhores produtoras de vinho de Portugal.
Ele percebeu a grande tradição de produzir vinho naquela aldeia e decidiu comprar um pequeno vinhedo abandonado. O objetivo era produzir vinho artesanalmente para servir aos amigos.
Convidou dois enólogos para verificar e identificar o tipo de uva que tinha no vinhedo que havia comprado. Os especialistas pesquisaram e descobriram que o vinhedo produzia uma uva portuguesa abandonada e quase extinta com o nome de “Jampal”.
Os enólogos informaram a Manz que nenhuma vinícola produzia esse tipo de uva porque era pouco produtiva e não era rentável. Ele respondeu que não se interessava se a uva era rentável ou não, por que não queria produzir muito vinho e sim, apenas um bom vinho. Manz decidiu fazer vinho com essa uva.
O resultado foi surpreendente. Em 2011, decidiu colocar seu vinho no mercado português. Hoje é dono de uma vinícola premiada. Dois de seus vinhos estão entre os 50 melhores vinhos de Portugal. Manz é o único produtor de único no mundo a utilizar a quase extinta uva Jampal.
Manz gostou da experiência e decidiu ampliar seu negócio. Em Cheleiros (Lisboa) produz os vinhos DONA FÁTIMA, POMAR DO ESPÍRITO SANTO, PLATÓNICO, MANZ ROSÉ (este último feito exclusivamente para o Brasil); na Região do Douro produz o vinho MANZ DOURO (Medalha de Ouro MUNDUS VINI 2013) e na Península de Setúbal, produz o vinho CONTADOR DE ESTÓRIAS (Eleito um dos 50 Melhores Vinhos de Portugal).
Recentemente, Manz decidiu introduzir seu vinho no mercado brasileiro e fundou a Lusitanus Brands Comercial Importadora Ltda no Brasil, que agora importa esses vinhos portugueses.
Manz tem investimentos em três áreas em Portugal: formação de profissionais na área fitness, hoje, atua em mais de 350 clubes e conta com mais de 84.000 sócios, que semanalmente desfrutam dos programas Manz/Les Mills; na Concepção e Desenvolvimento de Eventos: e, na produção de vinhos Premium.