Esta semana, o coordenador do Pronto Socorro do Hospital de Clínicas de São Sebastião (HCSS), Dr. Juan Lambert, fez um alerta sobre as arboviroses, doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem os vírus da dengue, zika e chikungunya. Essas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
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Segundo Lambert, o Índice de Densidade Larvária (IDL) no Litoral Norte é preocupante. O índice menor que 1 seria considerado normal, entre 1 e 3,9 seria considerado estado de alerta e maior que 4 representa alto risco. De acordo com o médico, o IDL no Litoral Norte atualmente é de 6.
“Estamos tendo chikungunya na região. Essa vem pra arrebentar. São 3 meses praticamente sem conseguir voltar à vida normal”, disse o médico. “É obrigação nossa vigiar nosso lar, é contribuição nossa vigiar casas do nosso bairro. Denuncie casas fechadas que podem ter foco de disseminação. Todos contra o mosquito”, escreveu Lambert.
Caraguatatuba
Segundo a Secretaria de Saúde, neste ano de 2022 foram registrados até o momento 35 casos positivos de dengue, dois de chikungunya e nenhum de zika.
Ilhabela
Em Ilhabela, segundo a prefeitura, em 2022 foram confirmados 257 casos de dengue, 2 casos de chikungunya e nenhum de zika.
Ubatuba
Em Ubatuba, segundo o boletim informativo de arboviroses em 2022, foram 70 casos notificados de dengue desde o início do ano até o dia 11 de abril. Dessas 70 notificações de dengue, 14 tiveram confirmação laboratorial.
Este ano, a cidade teve três casos suspeitos de chikungunya, sendo que um deles foi concluído como positivo. Porém, a Vigilância Epidemiológica explicou que o paciente é da cidade de Caraguatatuba, mas passou por atendimento em Ubatuba, onde ficou internado, por isso consta no boletim.
Em relação à zika, foram seis casos suspeitos, sendo cinco concluídos como negativos e um ainda aguardando exame.
São Sebastião
A prefeitura de São Sebastião foi questionada, mas não respondeu sobre a situação das doenças na cidade. No site da prefeitura, não foi possível localizar informações atuais sobre arboviroses.
Dados do Estado de SP
Segundo a Secretaria de Saúde, o Estado de São Paulo registrou em 2022, até 7 de abril, 44 mil casos de dengue e 30 óbitos. Em 2021, durante todo o ano, foram contabilizados 145,7 mil casos de dengue e 71 óbitos.
Em relação à chikungunya, neste ano, já foram registrados 114 casos da doença, sem mortes. Em 2021, foram confirmados 14,9 mil casos e seis mortes.
Sobre as ocorrências de zika, neste ano já foi notificado um caso e nenhum óbito. Em todo o ano de 2021 ocorreram 17 casos e nenhuma morte.
Prevenção
O enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti é uma tarefa contínua e coletiva. As principais medidas de prevenção são: deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja mais bem ajustado ao vaso; descartar pneus usados em postos de coleta das Prefeituras.
Conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde), o trabalho de campo para combate ao mosquito transmissor de dengue e chikungunya compete primordialmente aos municípios.
