Com uma população cada vez mais conectada à internet e às mídias sociais, as microempreendedoras de São Sebastião e Caraguatatuba, Marcela Alves da Silva de 29 anos e Thalita Cavalcante Rocha de 28 anos, precisaram se reinventar em meio à chegada da pandemia e das medidas de restrição do Plano São Paulo de contenção do vírus da Covid-19.
Com o brasileiro se adaptando ao comércio eletrônico, o setor teve mudanças positivas. Dados de um estudo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Neotrust indicam os números dessa mudança no consumo e as expectativas para o setor em 2021. “As restrições e o fechamento do comércio físico, no ano passado, fizeram com que o consumo on-line crescesse grandiosamente, com um faturamento de R$ 126,3 bilhões, frente aos R$ 75,1 bilhões em 2019. Ainda em 2020, os pedidos atingiram o número de 301 milhões, com um ticket médio de R$ 419,40”.
Marcela Alves da Silva, microempreendedora moradora do bairro Olaria em São Sebastião conta que começou a empreender em 2019, fazendo trabalho artesiano em crochê, roupas, moda praia e também amigurumi (bonecos de crochê) como renda extra e, em 2020, com a pandemia e sem o emprego fixo a loja on-line se tornou sua principal fonte de renda.
Para Thalita Cavalcante Rocha, empreendedora do bairro Indaiá em Caraguatatuba, a necessidade de uma renda extra foi a motivação que encontrou para que a sua loja física de artigos de decoração também atendesse pelas plataformas digitais. A ideia inicial foi a de ser uma ajuda na renda familiar, mas o fato de as pessoas ficarem mais tempo em casa durante a pandemia fez a loja atingir metade da renda de Thalita, o que não representa mais apenas uma divulgação de produtos pela internet e consolidou esse novo formato para o empreendimento em sua rotina.
Para este ano os dados da ABComm para o primeiro trimestre de 2021 indicam alta. São cerca de 78,5 milhões de compras on-line, o que representa crescimento de 57,4% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Com a pandemia, a microempreendedora de Caraguatatuba, passou a realizar um atendimento personalizado de ambientação em domicílio. “Aqui na loja as vendas on-line são bem maiores do que as presenciais, hoje consigo realizar 90% das minhas vendas apenas pelos meios digitais, a divulgação por meio das plataformas digitais ajuda muito”, pontua Thalita.
Marcela conta que o que a levou a criar uma loja on-line para suas criações foi notar que hoje em dia tudo está ligado à internet. “O que me levou a criar a minha loja on-line foi justamente perceber que hoje em dia tudo está ligado à internet, então isso fez com que eu divulgasse para alcançar pessoas do Brasil todo e assim, aumentar as minhas vendas”, esclarece a microempreendedora.
*Texto: Claudinéia Silva