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Mogi-Bertioga: Estudantes e trabalhadores contabilizam prejuízos após 13 dias de rodovia interditada

Tamoios News
Foto: Divulgação

Por Maria Jaislane

Após 13 dias com a rodovia Mogi-Bertioga interditada, depois de deslizamento na pista, usuários contabilizam os prejuízos. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou nesta segunda-feira (23), que a rodovia Mogi-Bertioga permanece totalmente interditada. Situação essa desde o dia 11 de abril, após o deslizamento de pedras no trecho de serra que interditou totalmente, nos dois sentidos no km 89.

Sendo a SP-98 uma estrada importante para muitos, que utilizam tanto para ir estudar, ou trabalhar, a interdição da rodovia prejudica a vida daqueles que a utilizam diariamente.

De acordo com o DER, o último deslizamento foi considerado de grande proporção, e não há previsão de liberação das pistas, sugerindo assim, rotas alternativas para os motoristas que seguem sentido São Paulo é o Sistema Anchieta – Imigrantes e, no sentido contrário, a Rodovia Tamoios é a opção.

“São aproximadamente cinco horas de viagem, para ir e vir da faculdade, o que fazíamos em apenas duas horas. Chego em casa às 3h da madrugada. Estou exausta fisicamente e psicologicamente”, desabafa Stephanie Costa, 19 anos, estudante de engenharia de produção da Universidade Braz Cubas.

Para Stephanie, a interdição atrapalha não apenas a rotina dos estudos, mas também no trabalho. “São trajetos mais longos e cansativos, quase não durmo, pois, acordo cedo para ir trabalhar”, comenta ela, que trabalha como auxiliar administrativo em uma escola de inglês.

As dificuldades são ainda maiores para o estudante de fisioterapia, Ricardo de Souza de 21 anos, o qual relata ter pedido três provas de conteúdos importantes. “Por causa do trajeto ter sido alterado, os horários de saída dos ônibus também foram mudados, porém, como eu trabalho não consigo sair mais cedo todos os dias, porque mesmo que o meu chefe compreenda essa interdição, e que eu preciso sair mais cedo, tem dias que é impossível, afinal, tenho as minhas responsabilidades dentro da empresa, e são nesses os dias que eu fico com falta. Já perdi três provas, sou bolsista e não estou frequentando as aulas. A minha maior preocupação no momento é perder a bolsa de estudo”, confessa o estudante que trabalha em um restaurante em Boracéia.

Para o fisioterapeuta Fernando Giovannino que mora na cidade de Mogi das Cruzes, a interdição na rodovia também traz transtorno ao dia a dia no trabalho.

Ele atende pacientes no litoral de São Paulo, e devido à interdição, passou a utilizar a Rodovia Imigrantes. “Demorei três horas. O dobro do que demoro normalmente, sem falar do aumento de custo com combustível e pedágios, e os riscos que são ainda maiores, pois a Anchieta e Imigrantes tem muitos caminhões”, afirma.

1 Comentário

  • Não vi nenhuma manifestação do DER, órgão Estado de São Paulo, relatando os trabalhos que estão sendo realizados para desobstruir e fazer contenção no local. Muito fácil falar que não tem previsão de liberação. Informa que o deslizamento foi de grande proporção, mas em 11 dias, trabalhando em regime de emergencia o maior Estado da Federação, com todos os recursos financeiros e de maquinários que tem, não consegue desobstruir uma estrada? Está devendo explicação aos contribuintes.

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