Por Simone Rocha
Os moradores do bairro de Barequeçaba, em São Sebastião, que foram obrigados a deixar suas casas após as chuvas ocorridas em maio de 2019, que provocou rachaduras em diversas residências, estiveram na prefeitura, na tarde dessa segunda-feira, dia 02 de março, para cobrar do prefeito, Felipe Augusto, mais uma vez, um retorno sobre a situação das cerca de 30 famílias afetadas, que atualmente moram de aluguel, pago pela prefeitura, mas aguardam um desfecho sobre novas moradias.
A reunião marcada para às 14 horas começou por volta das 16h, mesmo com o atraso, os moradores permaneceram firmes. Alguns vieram de São Paulo apenas para participar do encontro com prefeito, como Alex Borges da Silva, que construiu no local uma casa para passar férias com a família. “Levei 12 anos para terminar meu cantinho aqui no litoral. Espero que essa situação se revolva logo”, desabafa.
O casal Jacó Oliveira Andrade e Maria Helena Santos também vieram da capital apenas para a reunião. “A minha casa foi planejada para eu morar após a minha aposentadoria, o que já aconteceu, porém, não posso realizar esse sonho, pois minha casa também foi uma das interditadas pela Defesa Civil”, emociona-se.
A reportagem do Portal Tamoios News não pode participar da reunião do prefeito com os moradores, mas conversou com alguns deles ao final do encontro.
“O prefeito disse que vai renovar o nosso aluguel, pois alguns contratos já vencem em maio. Isso também estava me deixando preocupado, mas agora estou mais aliviado”, relata José Gonçalves.
Umas das moradoras que prefere não se identificar avaliou a reunião como positiva. “Nosso receio era não conseguir continuar morando aqui no bairro de Barequeçaba, mas pelo projeto apresentado as novas casas serão construídas nas ruas Av. Manoel Hipólito do Rego e Rua Amália Maria de Jesus, com 56 metros quadrados, dois quartos, sala e copa, num total de 30 residências”, informou.
A assessoria de imprensa da prefeitura disse que uma nova reunião deve ser agendada num prazo de 60 dias, pois a área onde as casas serão construídas, embora já tenha sido desapropriada, ainda aguarda parecer favorável do judiciário.