Por Simone Rocha
Um grupo composto por cerca de 50 pessoas de Barequeçaba, que perderam as casas durante as chuvas que castigaram a cidade, em maio desse ano, estiveram na manhã de hoje, na prefeitura de São Sebastião, para cobrar do prefeito agilidade na questão da compra de uma área para a construção de novas casas para quem ainda não teve a situação resolvida.
Felipe Augusto que estava em um evento em Brasília ontem, ainda não retornou à cidade e os moradores foram recebidos pelo Prof. Luiz Carlos Cardim, assessor do prefeito. Das cerca de 40 famílias afetadas algumas já tiveram a situação resolvida.
“Uns aceitaram um apartamento em Caraguatatuba e outros estão em casas do CDHU, em Barequeçaba, mas essas casas do CDHU não foram suficientes para todas as famílias, o restante recebe o bolsa aluguel, no valor de R$ 990,00 para custear os aluguéis”, explica Alex Sandro da Silva, um dos moradores que tiveram as casas afetadas pelo desmoronamento que aconteceu em algumas ruas do bairro. Alex é um dos representantes do grupo de moradores que estiveram hoje na prefeitura.

Moradores foram atendidos por Cardim
O acordo do bolsa aluguel vence em janeiro do próximo ano, podendo ser renovado por mais seis meses. “Não queremos ficar a vida todo morando de aluguel. Queremos resolver essa situação. Foi prometido a compra de uma área para construção de casas, aqui no bairro mesmo, já que moramos aqui e temos nossa vida e trabalho aqui, acontece que isso ainda está na promessa. Precisamos do compromisso da prefeitura e de prazos e datas. Daqui a pouco muda a gestão e ficaremos sem casa até quando? ”, desabafa Alex.
“Perdemos nossas casas e terrenos. As famílias que estão no apartamento e nas casas do CDHU não ganharam essas propriedades, eles estão pagando por esses novos imóveis, lógico que um valor pequeno por mês, mas não foi dado”, esclarece Alex.
Os moradores esperam do poder público a resolução do problema. “A prefeitura alega que foi um fenômeno da natureza e apesar do apoio que tivemos, precisamos saber como ficará essa situação. A maioria de nós perdeu uma vida de luta, com o desmoronamento de nossas casas. Estamos perdidos. Sem saber como será nosso futuro”, questiona Priscila dos Santos, que também teve seu imóvel afetado.
Os moradores das ruas Genciano Felipe Bueno e Casimiro de Abreu perderam os imóveis porque o solo cedeu e causou rachaduras nas residências. As casas da rua de cima praticamente caíram por cima das casas que ficavam abaixo.
“Havia a promessa da prefeitura, há muitos anos, de canalizar a água que vinha da cachoeira, mas isso nunca foi feito. Outra coisa, se não podia construir naquele local, porque cobravam nosso IPTU”, questiona Cristiane Freire Nascimento, que mora em Barequeçaba há 20 anos e tinha um sobrado, no valor, segundo ela, de 400 mil reais, em dias atuais e que agora está perdido, pois não pode vendê-lo e nem morar no local.
De acordo com Alex, uma reunião com o prefeito Felipe Augusto e os funcionários envolvidos com o assunto ficou agendada para a próxima segunda-feira, dia 2 de dezembro, na prefeitura de São Sebastião.