São Sebastião

Moradores de Barra do Una reivindicam construção de ponte e vão à Câmara nesta terça (12) para protestar

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Ricardo Hiar
Ricardo Hiar

Ponte foi totalmente destruída por enxurrada no final do mês de fevereiro

Ponte foi arrastada por enxurrada durante fortes chuvas no dia 28 de fevereiro; situação gera transtornos à comunidade local

Por Ricardo Hiar, de São Sebastião

Moradores de Barra do Una, na Costa Sul de São Sebastião, estão enfrentando vários transtornos desde o final do mês de fevereiro, quando uma ponte que ligava duas áreas do bairro caiu. 

Na ocasião, a enxurrada causada por fortes chuvas, destruiu completamente a ponte de madeira, que servia como passagem de pedestres e veículos. Sem respostas, os moradores reivindicam providências e prometem um manifesto nesta terça-feira (12), na Câmara Municipal.

Em Barra do Una, sem o acesso à ponte, a situação ficou muito difícil principalmente para aqueles que não têm outra alternativa, a não ser percorrer o trecho do bairro à pé. 

Esse é o exemplo de muitas mães, que moram de um lado de um bairro e precisam levar os filhos para a creche, que fica do outro lado. O percurso de poucos metros, realizado na época em que a ponte estava em boas condições, agora se tornou vários quilômetros.

Segundo o presidente da SABU (Sociedade Amigos de Barra do Una), Raoul Cardinali Júnior, tem mães que agora precisam caminhar quase 4 km com os filhos para poder chegar à escola. Elas ainda têm de fazer esse percurso mais de uma vez, para levar e buscar as crianças.

Conforme conta, para as pessoas que têm carro ou moto, a queda da ponte não gerou tantos impactos, pois há outros pontos de acesso. Porém, a situação é muito crítica para quem tem que fazer o percurso na caminhada. “Chega a ser arriscado, pois eles precisam caminhar na beira da rodovia para ir ao outro lado. Além de difícil, demorado, é perigoso”, contou.

O presidente da associação diz que os trabalhadores também estão sentido esse impacto. Muitos não conseguem mais ir almoçar em casa, devido à distância, ou até mesmo continuar os estudos à noite, porque não chegam em tempo. Os comerciantes também acabam afetados, pois muitos turistas que estavam costumavam atravessar pela ponte para acessar um comércio ou outro, acabam seguindo para outros destinos quando percebem que terão de fazer o desvio.

Segundo Cardinali Júnior, o bairro tem cerca de dois mil moradores. Ele diz que a associação não vem recebendo apoio da prefeitura ou da Câmara em relação a esse problema. “A prefeitura não está se mobilizando em nada. Nenhum vereador apareceu por aqui até agora para oferecer qualquer ajuda, por isso vamos protestar, queremos providências. Já falamos com especialistas na área e uma ponte nova aqui custaria cerca de R$ 300 mil. O que isso representa para uma cidade como São Sebastião?”, questionou.

Como medida paliativa, a comunidade local havia colocado um barco para fazer a travessia das pessoas. Era um barco simples, sem motor, que estava levando as pessoas de uma margem à outra do rio e foi oferecido pela AMBUS (Associação dos Moradores de Barra do Una de São Sebastião). 

Na semana passada, porém, alguém denunciou a ação para a Capitania dos Portos, que fez uma verificação no local e apreendeu o barco. Em nota, a Marinha disse que a atividade não seguia as normas de segurança, por isso a embarcação foi apreendida.

Depois do ocorrido, houve uma reunião e o Iate Clube Barra do Una ofereceu uma outra embarcação para uso da comunidade, com as características apontadas pela Marinha. Por meio da Regional, um funcionário devidamente habilitado faria o trajeto. A atividade estava prevista para começar na segunda-feira (11), mas o profissional conduziria o barco não apareceu.

“É complicado porque ficamos sem uma definição, sempre nessa incerteza se vai ou não funcionar. Por isso, o que queremos de imediato e vamos reivindicar na Câmara, é que seja construída pelo menos uma passarela para pedestres. Isso levaria menos tempo, menos dinheiro e resolveria muitos problemas que a população do bairro está enfrentando”, completou. 

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