Moradores do bairro Toninhas em Ubatuba continuam sofrendo com os alagamentos das ruas quando chove. Um morador divulgou imagens da rua México e arredores, mostrando como ficam as vias com a água represada. Segundo ele, a construção de diversos novos empreendimentos no bairro está piorando a situação.
A prefeitura de Ubatuba informou que já há um projeto de drenagem da Toninhas, feito em parceria com o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), iniciado no final de 2016. Porém, ainda não há previsão para o início das obras já que o conjunto desses programas corresponde a cerca de R$ 28 milhões em investimento, recursos que segundo a prefeitura “ainda estão sendo buscados”.
“O projeto contempla obras e ações de macrodrenagem e microdrenagem que formam dois Programas: o Programa de Ação de Curto Prazo (PACP) e o Programa de Ações de Médio e Longo Prazo (PAMLP). O PACP traz medidas mitigadoras emergenciais para a proteção contra inundações de áreas de maior risco. Já o PAMLP abrange a totalidade das obras de drenagem necessárias para dotar as áreas ocupadas atuais e as futuras expansões urbanas de infraestrutura adequada ao escoamento das águas pluviais correspondentes aos períodos de retorno de 100 anos para macrodrenagem e 25 anos para microdrenagem”, explicou a prefeitura.
No Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico do Município de Ubatuba (PMISB), atualizado em 2019, há uma tabela com a síntese dos principais problemas de drenagem urbana existentes na cidade. Na Toninhas, são apontados dois locais problemáticos.
Sobre a rua México e a rua América, o documento descreve que “há valas abertas neste ponto, a área fica com água represada, principalmente em janeiro, muita chuva localizada traz o alagamento da região, é uma região que inunda facilmente e as construções neste ponto são resultado de especulação imobiliária”.
Também nas Toninhas, o Plano menciona problemas na avenida Engenheiro Fonseca, rua Gastão Madeira e rua Francisco Laberte. Nesses locais, os problemas descritos são: “toda a água que é drenada do bairro escoa para esta vala, esse ponto sofreu com transbordamento grave apenas em janeiro/2010, problemas de invasão de água nas residências próximas à vala, um prédio já desabou nesta região, em função da estrutura do solo e do lençol freático raso”.