Fim do drama, a motorista de Uber de Ubatuba foi localizada por familiares, após quase uma semana sem ter notícias dela. Andréa teve problemas de saúde e seu celular estava desligado, por isso, a dificuldade da família em manter contato com ela.
Por Salim Burihan
A motorista Andréa Edwiges Iunes, de 51 anos, de Ubatuba, que estava desaparecida o domingo(19). Foi localizada pela família, na última sexta(24).
Andréa é motorista do aplicativo Uber há oito meses e teria desparecido, segundo suspeitava sua família, após ter feito uma corrida até o Vale do Paraíba, no dia 19.
Andréa tem dois filhos e eles não conseguiam fazer contato com a mãe através do celular dela. Durante as buscas, feitas em delegacias de polícia e hospitais, também não conseguiram informações sobre o paradeiro de Andréa.
Os filhos, sem ter contato com a mãe, postaram um pedido de ajuda nas redes sociais. Eles temiam, que a mãe, por ser motorista de aplicativo, tivesse sofrido um acidente ou ter sido vítima de roubo durante uma corrida.
No sábado, a família fez outra postagem, desta agradecendo a ajuda de todos na busca por notícias de Andréa.
Segundo informações de seu filho Luiz Carlos Iones Maciel, Andréa foi localizada em casa de parentes, com o celular desligado.
Luiz Carlos explicou que Andréa encontra-se em profunda depressão. E, que desde o dia 19, após ter feito uma corrida para uma cidade do Vale do Paraíba, foi para a casa de um parente, em Caçapava, onde foi localizada pelos filhos.
“Ficamos desesperados, temendo pelo pior, mas graças a Deus, o desaparecimento dela se deu devido a forte depressão”, explicou. Ele fez questão de agradecer todas as pessoas, principalmente, os internautas, que foram solidários na busca por informações sobre Andréa.
Segundo Luiz Carlos, Andréa já está com exames médicos marcados para esta segunda(27). Ela terá acompanhamento dos filhos durante o tratamento médico.
Depressão
Distúrbio mental caracterizado por depressão persistente ou perda de interesse em atividades, prejudicando significativamente o dia a dia. As causas possíveis incluem uma combinação de origens biológicas, psicológicas e sociais de angústia. Cada vez mais, as pesquisas sugerem que esses fatores podem causar mudanças na função cerebral, incluindo alteração na atividade de determinados circuitos neuronais no cérebro.
A sensação persistente de tristeza ou perda de interesse que caracteriza a depressão pode levar a uma variedade de sintomas físicos e comportamentais. Estes podem incluir alterações no sono, apetite, nível de energia, concentração, comportamento diário ou autoestima. A depressão também pode ser associada a pensamentos suicidas.
A base do tratamento geralmente inclui medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois. Cada vez mais, as pesquisas sugerem que esses tratamentos podem normalizar alterações cerebrais associadas à depressão.
Brasil
O Brasil é considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos dez anos o número de pessoas com depressão aumentou 18,4%, isso corresponde a 322 milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra. No Brasil, 5,8% dos habitantes – a maior taxa do continente latino-americano – sofrem com o problema.
Em relação à ansiedade, o Brasil também lidera, com 9,3% da população. Esse problema engloba efeitos como fobia, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático e ataque de pânico. As mulheres sofrem mais com a ansiedade: cerca de 7,7% das mulheres são ansiosas e 5,1%, deprimidas. Já entre os homens, o número cai para 3,6% nos dois casos.
Fontes: Hospital Israelita A. Einstein e USP(Universidade de São Paulo