Representantes do Movimento Negro de Ilhabela quer que Câmara de Vereadores apure atos racistas na Ilha, entre eles, os ataques sofridos pela prefeita Gracinha através das redes sociais.
Em janeiro deste ano, a prefeita Gracinha, primeira prefeita negra da Ilha, após sofrer ataques racistas nas redes sociais, levou os casos ao conhecimento da justiça. A polícia civil de Ilhabela instaurou inquérito e apura as denúncias.
Nino Assis, do Coletivo Negro Odu, ocupou a tribuna livre na sessão desta terça-feira(4), a primeira de 2020, para cobrar providências dos vereadores. A prefeita Gracinha esteve na sessão para prestigiar os vereadores.
Segundo Assis, Ilhabela tem um relação muito forte entre a Ilha e a escravidão. Segundo ele, a praça Coronel Julião era um antigo pelourinho. Assis afirmou ainda que de acordo com o IBGE(2010), a cidade tinha 13 mil moradores identificados como pretos e pardos. Assis disse ainda que grupos de Maracatu sofrem constantes ataques na cidade.
Ele lembrou casos de racismo ocorridos recentemente em Ilhabela e aproveitou para cobrar da atual administração cotas raciais nos concursos promovidos pela prefeitura.
A Câmara Municipal de Ilhabela informou que mantem seu posicionamento contrário aos ataques racistas sofridos pela Prefeita e aguardará o Inquérito Policial já aberto pela Delegacia da Polícia de Ilhabela, que está à frente das investigações.