Cidades São José dos Campos

MP-SP faz operação contra comércio ilegal de óleo lubrificante em São José dos Campos

Tamoios News
Nove promotores de Justiça do MPSP em cinco municípios (São José dos Campos, São João da Boa Vista, Araras, Lençóis Paulista e Osasco) participaram na manhã desta sexta-feira (6/12) da Operação Nacional Petrolato, deflagrada pelo Ministério Público brasileiro em 12 Estados contra o comércio ilegal de lubrificante.  A operação é coordenada pelo Ministério Público do Paraná e é voltada a coibir ilegalidades no setor de logística reversa de óleo lubrificante usado e contaminado. Estão sendo cumpridos mandados de prisão em todo o país.
A operação paulista é coordenada pelos promotores de Justiça Cláudia Maria Lico Habib Tofano, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) de Ribeirão Preto; Luís Fernando Rocha, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) de Ribeirão Preto e de Assis; Denilson Souza de Freitas (Centro de Apoio Operacional Cível) e Arthur Lemos (Centro de Apoio Operacional Criminal. Também participaram da ação os promotores de Justiça Daniel Magalhães Albuquerque Silva (Osasco); Donisete Tavares Moraes Oliveira (São João da Boa Vista), Ligiane Rodrigues Bueno (Araras), Neander Antônio Sanches e Aloísio Garmes Júnior (Lençóis Paulista).
O óleo lubrificante usado e contaminado é classificado como resíduo perigoso pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – Norma Brasileira 10004). Trata-se de produto muito poluente – apenas um litro é capaz de contaminar um milhão de litros de água – e nocivo ao meio ambiente e à saúde humana (a queima do resíduo causa câncer e outras doenças).
O reaproveitamento desse composto deve observar critérios técnicos específicos, sendo toda logística, da coleta ao refino, realizada apenas por empresas habilitadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e licenciadas pelo órgão público ambiental competente. Parte desse material, porém, acaba sendo coletada, transportada, armazenada e destinada por empresas clandestinas, alvos principais da operação.
O Ministério Público apura a prática de crimes ambientais (poluição, armazenamento/coleta/transporte/descarte de resíduo perigoso, funcionamento de serviço poluidor sem licença).O cumprimento dos mandados é feito com a participação de órgãos policiais (Polícias Civil e Militar, inclusive a Ambiental) fiscalização ambiental e de fiscais da Associação Nacional do Petróleo (ANP) e Cetesb.