
O crime aconteceu no último domingo (10), durante visita no CDP
O crime aconteceu na frente do filho do casal, que acompanhava a visita e foi levado pelo Conselho Tutelar após o crime
Uma mulher de 32 anos foi assassinada enquanto realizava visita no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caraguatatuba, no último domingo (10). O autor do crime foi o próprio companheiro da vítima, que a matou por estrangulamento, utilizando uma corda feita com sacos plásticos. O filho do casal presenciou o ocorrido e foi encaminhado ao Conselho Tutelar.
De acordo com dados registrados no Boletim de Ocorrência, os agentes penitenciários notaram a ausência da mulher por volta das 16h, quando deveria deixar o CDP. No pátio, eles encontraram um tumulto e outros presos agredindo o detento que acabara de matar a companheira. Ele já estava preso por tentativa de homicídio à esposa e ainda aguarda julgamento.
Já a mulher, que residia no bairro Olaria, chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao trauma e morreu a caminho da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Segundo familiares, a relação dos dois não estava bastante estremecida e ele fazia ameaças constantes à esposa, motivo pelo qual acabou preso. Pessoas próximas a ela temiam, inclusive, que ele cometesse o crime quando saísse da prisão.
Mesmo com o histórico violento, a vítima foi visitar o companheiro na prisão e atestou que era por livre e espontânea vontade. Não há relatos de que a mesma tenha enfrentado problemas, ou sofrido agressões, nas visitas anteriores.
De acordo com informações de testemunhas, nos dias de visita é comum que os carcereiros “respeitem” a privacidade dos detentos, devido aos encontros íntimos. É por esse motivo que ninguém teria visto o crime na hora em que ocorreu.
O criminoso foi levado à delegacia para prestar depoimento e transferido para outra unidade prisional, não divulgada. Agora ele também responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
No CDP, foi aberta uma sindicância para apurar o ocorrido e verificar se houve imprudência por parte de funcionários, que possam ter contribuido para a ação criminosa do detento.