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Navio proibido de desembarcar passageiros em Santos foi o último a atracar em Ilhabela

Tamoios News

 

O navio Costa Fascinosa, da Costa Cruzeiros, impedido de atracar em Santos, por determinação da Justiça Federal, passou por Ilhabela, em seu último cruzeiro, no dia 16 de março, mas não desembarcou ninguém na ilha,  pois já estava em vigor a determinação municipal que proibia a descida de turistas por prevenção contra o coronavírus.

O navio, no entanto, desembarcou passageiros e tripulantes na Ilha, no dia 13 de março, quando atracou às 16 horas e deixou a ilha às 23h50. No dia 16, três dias depois, a programação previa que o navio ficasse atracado na costa da Ilha das 8 às 23 horas, mas já estava em vigor o decreto da prefeita Gracinha Ferreira que proibia os navios de cruzeiros no arquipélago.

Veja as escalas programadas em Ilhabela antes e após a proibição:

Relação de escalas na Ilha

 

Drama 

A Justiça Federal concedeu liminar proibindo o desembarque de 35 tripulantes com sintomas de covid-19 do transatlântico Costa Fascinosa, que atracou no último sábado (28) no Porto de Santos. Pelo menos sete pessoas já desembarcaram do navio sem seguir normas de segurança e, dessas, duas testaram positivo para o novo coronavírus.

De acordo com a liminar do juiz Alexandre Berzosa Saliba, solicitada pela Procuradoria do Município, só será permitido o desembarque de tripulantes que necessitem de assistência médica. Nesse caso, a Autoridade Portuária deverá comunicar previamente o fato à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e secretarias estadual e municipal de Saúde, para adoção das providências previstas no Plano de Contingência do Estado de São Paulo para enfrentamento da covid-19.  Os procedimentos de traslado de pacientes na área portuária são de responsabilidade da Anvisa.

De acordo com a prefeitura de Santos, caso algum tripulante necessite de assistência médica, deverá ser encaminhado para hospitais de referência da capital paulista ou outro local habilitado, para evitar o colapso no sistema de saúde de Santos e de outras cidades da Baixada Santista. Poderão desembarcar do navio também aqueles tripulantes que comprovarem com documentos que o desembarque será feito para conexão de retorno ao país de origem.

Segundo a liminar, a autoridade portuária deverá adotar providências para exigir da empresa responsável pelo navio a infraestrutura adequada e mecanismos de saúde e segurança dentro do navio para atender os tripulantes. “As determinações da liminar valem para outros navios que estão fundeados na Barra de Santos aguardando atracação no Porto”, reforçou a procuradora-geral do município, Renata Arraes.

Internados

De acordo com a prefeitura de Santos, no sábado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi avisada oficialmente pela Anvisa a respeito da suspeita de infecção por covid-19 em tripulantes do navio da Costa Cruzeiros. Depois da notificação dos sete casos suspeitos, dois homens, um de 42 anos e outro de 28 anos, foram internados na UTI de um hospital filantrópico da cidade e os exames foram realizados por um laboratório reconhecido pelo governo estadual. Outros cinco tripulantes seguem internados em Santos, mas ainda sem comprovação laboratorial de infecção pelo novo coronavírus.

Costa Cruzeiros

A Costa Cruzeiros informou por meio de nota que o navio Costa Fascinosa já estava em quarentena voluntária antes da determinação da Justiça e assim permanecerá.

“Todas as medidas de saúde necessárias, nessas circunstâncias, estão sendo realizadas e respeitadas diligentemente de acordo com as autoridades sanitárias locais. Há um médico a bordo, da Costa Cruzeiros, responsável por avaliar as condições de saúde dos tripulantes. Além disso, a Costa mantém os mais altos padrões de higienização e limpeza a bordo”.

Sobre as sete pessoas que desceram do navio, a Costa Cruzeiros explicou que o desembarque foi feito para que as pessoas fossem internadas no hospital.