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Nos últimos 3 anos, Caraguá e Ubatuba registraram mais de 200 acidentes envolvendo ciclistas

Tamoios News
Foto: Claudinéia Silva

Segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) as fabricantes de bicicletas produziram 42,6% a mais em 2021 comparado com o mesmo período de 2020.

Seja para o lazer, como meio de praticar atividade física ou para trabalhar com entregas por aplicativo, as bicicletas fazem parte do dia a dia do morador do Litoral Norte. Dividir as vias urbanas com motocicletas, carros e pedestres traz riscos ao ciclista, é necessário estar atento para evitar acidentes.

Em Ubatuba, segundo dados da Prefeitura, foram registrados 109 acidentes não fatais envolvendo ciclistas nos últimos três anos, sendo 48 só no ano de 2020, nove ciclistas vieram a óbito na cidade. A Prefeitura de Caraguatatuba registrou 103 acidentes no mesmo período, 25 em 2020. Neste período foram registradas três vítimas fatais. As cidades de Ilhabela e São Sebastião não divulgaram dados até o fechamento desta matéria.

Em Ubatuba é importante dar atenção especial à segurança na BR 101 (Rodovia Rio – Santos) e SP 125 (Rodovia Oswaldo Cruz), pois essas são as vias com maior número de acidentes no município. Em Caraguatatuba busque ter maior cautela na Avenida José da Costa Pinheiro Junior nos bairros Travessão/Perequê-Mirim e na Avenida Dr. Arthur Costa Filho (Avenida da Praia).

Kauê dos Santos de 24 anos, morador do bairro Poiares em Caraguatatuba relata que foi atropelado em abril deste ano por um motorista no bairro Rio do Ouro. O jovem teve escoriações leves pelo corpo e danos em sua bicicleta. Para ele a falta de ciclovia no local foi um dos fatores para o acidente acontecer.

Outra causa para os acidentes é o comportamento e atitude do próprio ciclista. Este deve utilizar equipamentos de proteção; capacete, luvas, óculos, retrovisores e faróis são indispensáveis mesmo para a prática diária e o respeito às regras de trânsito; parar no sinal vermelho, não andar na contramão, prestar atenção na movimentação da via, atravessar na faixa de pedestres são atitudes indispensáveis para que a atividade seja segura para todos.

Uma direção adequada de motoristas e motociclistas e atenção dos pedestres também é imprescindível para a segurança no trânsito. Ana Paula Seles de 25 anos, moradora do Travessão, conta que já foi atropelada na ciclovia do bairro. A motorista que a atropelou foi agressiva e não prestou o devido socorro, o que a levou a prestar boletim de ocorrência. Seus ferimentos foram leves, mas ela relata que a falta de auxílio da condutora deixou a situação ainda pior.

Investir em opções de locais seguros para os ciclistas, em educação no trânsito para crianças, jovens e adultos, ciclofaixas em bairros mais afastados do centro e locais seguros para a travessia da via em ruas e avenidas são medidas que podem ajudar a reduzir esses números se em conjunto com a atenção e cuidado de cada um ao transitar pela via.

*Texto: Claudinéia Silva