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Ministério Público denuncia problemas na Usina de Oxigênio em São Sebastião

Tamoios News
Foto: André Santos/PMSS
Nesta sexta-feira 29/01, a promotora Janine Rodrigues e os defensores Filovalter Moreira e Camila Tourinho, entraram com uma ação na justiça devido a denuncias sobre problemas na Usina Respiratória na UTI do Hospital das Clinicas de São Sebastião.

O site da Folha de São Paulo publicou na sexta-feira (15/01), uma matéria assinada por Artur Rodrigues, que expõe duas mortes por sufocamento e falta de oxigênio que aconteceram em dezembro, segundo relatos de profissionais de saúde. A matéria também cita relatos de que não há médicos suficientes e que estão sendo usados ventiladores pulmonares só com torpedo (tubo de oxigênio) porque a rede de oxigênio não daria conta da demanda. Que embora oficialmente haja 20 respiradores, apenas dez ficam dentro do Hospital de Clínicas da cidade.

Na denuncia ao Ministério Público, funcionários do Hospital das Clinicas relataram que o prefeito foi informado. “No dia 12 de janeiro, à noite, com um número maior de pacientes, acabou o oxigênio, com a rede novamente falhando. Os médicos ligaram na manutenção pedindo mais torpedo, mas foram informados que não havia em estoque, e que a equipe estaria usando torpedos indiscriminadamente. Esse fato desestabilizou a equipe, todos os presentes ficaram muito nervosos. Um acompanhante de paciente presenciou a situação e filmou tudo, sendo que ele possui esse vídeo. Esse acompanhante mandou mensagem para o prefeito e para o administrador do hospital cobrando uma solução”.
Segundo a denuncia também há falta de medicamentos básicos. “Em reunião, a coordenação do hospital teria relatado que as medicações estariam em falta, e que não haveria dinheiro para aquisição”.
A promotoria solicitou informação ao administrador do hospital Wilmar Ribeiro, que negou sobre as mortes denunciadas pela Folha de São Paulo. “Não tivemos nenhum óbito por falta de oxigênio, mas tão somente em decorrência de complicações naturais na evolução dos pacientes, que se encontravam em estado grave”.
Para a Promotoria e Defensoria Pública o hospital omitiu a real situação em que se encontra a Usina Respiratória. “Esconder a realidade vivenciada pelos profissionais de saúde de São Sebastião, deixando de esclarecer que já houve queda do grau de pureza do oxigênio, para baixo dos níveis estabelecidos, quando a rede das usinas entrou em colapso, devido ao grande número de pacientes”.