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Moradores denunciam aglomeração e descaso na praia da Enseada na noite de Natal

Tamoios News

Na madrugada da última sexta-feira (25), noite de Natal, uma grande festa a céu aberto foi realizada na praia da Enseada, em Ubatuba (SP), com som alto, álcool, drogas, carros e motos transitando pela orla, menores de idade, pessoas sem máscaras e aglomeração.

Moradores do bairro da Enseada afirmam que chamaram a Polícia Militar e comunicaram a prefeitura, mas mesmo assim o “Pancadão Natalino da Praia da Enseada 2020” se estendeu pela madrugada adentro. Já pela manhã, após o nascer do sol, empresários e moradores recolhiam o lixo deixado na areia da praia, enquanto frequentadores da festa, em menor quantidade, ainda permaneciam no local.

Um vídeo divulgado pela Associação Amigos e Moradores da Enseada (AAME – enseadaviva) registrou o caos que se instaurou na praia naquela madrugada:

Segundo relatos de moradores do bairro, a vizinhança toda entrou em pânico. Turistas hospedados em pousadas e hotéis ficaram assustados, com medo que os estabelecimentos fossem invadidos, como ocorreu com um restaurante de frente para a praia, que acabou depredado. Pessoas que estavam nas residências próximas à praia também temiam invasões e violência. 

De acordo com uma moradora que prefere não se identificar, a PM que atuava na noite de natal foi ausente e conivente, tendo comparecido com atraso e com apenas dois veículos, sem tomar qualquer providência efetiva. “Esse descaso vai ficar assim, em plena pandemia? Se foi dessa forma na noite de natal, como será nos próximos dias?”, questiona. 

Outro morador ouvido pela reportagem conta que pela manhã houve pancadaria entre jovens que estavam na festa. “Nunca aconteceu algo assim na Enseada. Fiquei acordado a noite inteira, senão meu imóvel seria invadido. Fiquei vulnerável sem nenhum apoio da segurança pública. Recolhemos muitos pinos de cocaína no dia seguinte”, lamenta. Para ele, “o que mais revolta é a omissão da polícia, que alegou falta de contingente para agir”.

O portal Tamoios News questionou a Secretaria Estadual de Segurança Pública e a prefeitura de Ubatuba, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.